Logo o meu táxi chega e tenho dificuldade em andar até o carro, vou direto para a cafeteria, estava com uma vontade enorme de chorar, pelos passos que errei não por Lívia, ela eu só queria jogar na frente de um trem.
Entrei na cafeteria e Mat já estava arrumando suas coisas para ir embora
— Me dá um bolinho, estou péssima — Chego choramingando
— O que houve com o seu pé? — ele pergunta puxando uma cadeira para eu me sentar
— Tá um pouco inchado da queda que eu tive
Ele se senta ao meu lado e começa a massagear bem no local onde doía
— Você é bom nisso — falo enquanto como os bolinhos
— Você ainda não viu nada — ele sorri e para para o relógio — Vamos, segura minha mão
Apesar de a dor ter aliviado muito deixo que ele me carregue no colo até o carro
No caminho até minha casa eu conto como fui horrível na coreografia, ele me acalma como sempre faz e eu percebo que não tenho com o que se preocupar, a única coisa que eu tenho que pensar agora é como ele fica lindo enquanto se concentra na estrada
— Chegamos, acho que não dá pra você sair agora... — ele fala da chuva que caía forte lá fora
As gotas batiam no teto e nos vidros do carro com força mas o barulho era agradável, não tinha vento e enquanto eu olhava fixamente para o para-brisa ligado Mat coloca meus pés no seu colo e volta a massageá-los.
— Você não acha incrível? — Mathew quebra o silêncio
— O quê?
— Como aqui dentro tudo está tranquilo enquanto o mundo desaba lá fora — ele fala com um tom reflexivo
— Não está desabando, acho que até o céu precisa chorar as vezes — respondo
— Sabe o que é mais incrível ainda? Depois de tudo isso ele vai estar mais azul do que antes, ele sempre fica. Assim como você.
Ele me puxa para perto e me olha fixamente, o barulho da chuva e as luzes dos carros passando pelo vidro embaçado parecia um perfeito cenário atrás de Mathew
Encosto a cabeça em seu ombro e respiro próximo ao seu pescoço, consigo sentir o perfume amadeirado que ele usava, subi as mãos até seu rosto e me aproximei até que nossas respirações fossem uma só.
Mathew começa com pequenos beijos molhados e desce até o meu pescoço, ele me puxa pela cintura para o seu colo, nosso beijo fica mais intenso mas ao mesmo tempo agradável, ele desce as mãos para a minha cintura e nos olhamos novamente, seus olhos estavam mais pretos do que o normal, a chuva começa a enfraquecer, mas nós continuamos.
— Vou te ver amanhã?— ele pergunta, olhando fixamente para a minha boca
— Com toda a certeza — falo arrumando meu cabelo
Ele me ajuda descer do carro e nos beijamos novamente antes de eu entrar
Subo as escadas com um sorriso bobo no rosto, e logo recebo uma mensagem no celular
<20:17> Mat ❤ : Esqueci de dizer, você tá linda
<20:18> Mat ❤: Coloquei mais bolinhos na sua bolsa
Ele é o cara mais fofo do mundo, e eu devorei os bolinhos.
~~Mathew~~
Eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo nesse exato momento, EU BEIJEI A CAREN, pareço um idiota cantando junto a rádio do carro, mas dane-se eu tenho tudo que eu quero agora e ninguém vai conseguir estragar isso. Era o que eu pensava...
<21:42> Lívia: Oiiiiii
<21:42> Lívia: Você está bem?
<21:45> Lívia: ei? Você está ai?
<21:45> estou com saudades :(
Merda...
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Aprendendo a dançar na chuva
RomanceCaren Miller é uma jovem que ao chegar em Nova Iorque para começar a nova carreira entra em uma jornada para descobrir mais sobre seus próprios medos, dúvidas e o amor, em meio a decepções e triângulos amorosos. A vida é uma grande oscilação entre m...