Viane.

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Senti todo meu estômago revirar, eu não estava preparada pra aquilo, aquela hora da manhã minha reação foi me beliscar levemente, pra sair daquele transe e sorri pra ele de volta o problema é que quando fiz isso, ele abaixou a cabeça e quem viu meu olhar apaixonado e o sorriso bobo foi Letícia, que seguiu a direção do meu olhar e sorriu, ela falou algo no ouvido da amiga e as duas deram gargalhadas.

Aquele dia já podia acabar?

Droga. – murmurei.

—  Que foi? – perguntaram Duda e Grazy em uníssono.

Olhei pra ela e comprime os lábios.

— Acho que alguém acabou de notar que eu tô afim do Henrique. – falei irritada.

Duda deu de ombros.

— Isso não tem problema algum, é até bom sabia? Assim a vaca não dá em cima, e ele fica todo pra você. – respondeu ela, parecendo confiante.

Respirei fundo.

— Foi a Letícia que viu.

Duda ficou boquiaberta.

— Cacete! como assim? O que exatamente ela viu? O que você fez Viane?

Dei um sorriso tímido a elas, e contei o ocorrido as duas se viraram para Letícia e ficaram encarando as costas da mesma, enquanto murmuravam xingamentos, mas assim que ela se virou as duas viraram o rosto.

— Ela é uma ridícula, aposto que morre de inveja de você, lembra daquela vez que ela fez o maior escândalo, dizendo que o presente de natal que sua vó comprou pra você foi mais caro e que o dela era porcaria?

Balancei a cabeça.

— Ou quando ela não te convidou pra festa dela de 14 anos só porque sua mãe também fez uma. – disse Duda.

— Vocês tem razão, mas o problema é que vai que ela começa a dar em cima dele, lá se vai minha chance de cumprir a promessa. – respondi, batendo minha cabeça na mesa.

— Relaxa amiga, se ela fizer isso eu coloco aquela vaca no lugar dela, baixo a Carminha e ninguém me segura.

Você não viu nada, meu amor! – disse Duda, interpretando a personagem.

Eu e Grazy começos a sorrir e atraímos a atenção delas, que nós olharam da cabeça aos pés e voltaram sua atenção para alguma fofoca da vez.

— Eu realmente não entendo o problema dela, dês de criança eu sempre tentei ser legal, mas ela parece que me odeia e a mãe dela também. – falei.

— Aí Viane só você pra se importa com ela, deixa essa vaca pra lá dou minha palavra que ela não vai atrapalhar nossos planos.

— Duda! Você pode fazer o favor de calar a boca? Tô tentando aprender o assunto. – disse Letícia, fazendo toda a sala ficar em silêncio.

— Por que você não vem calar? Até porque pelo visto só você tá incomodada. – respondeu ela, vermelha de raiva.

Duda tinha razão, não tinha como estarmos atrapalhando alguém sempre fazíamos questão de conversar baixo ou até mesmo por bilhetes, quem sempre atrapalhava as aulas era ela e seu bando de vadias.

— Não precisa vim com cinco pedras na mão eu só pedi com educação, mas se você não entende, você pode ir na coordenação.

Bem, então lembram que eu disse que minha tia não gosta de mim e nem de ninguém que gostava de mim?
Pois é o outro probleminha era que ela era a coordenadora da escola, mas agia como diretora.

Engoli em seco.

Duda gargalhou alto e disse:

— Humm... Deixa eu ver, não sabe como se defender e vai recorrer a mamãe, manda ela brigar com os professores quando você tira nota baixa também? – respondeu, fazendo quase todos os alunos sorrirem.

A pele de Letícia era bem clara, o contraste ideal para seus longo cabelos negros e seus grandes olhos azuis, mas naquele momento ela estava vermelha como tomate e parecia que sairia fogo de seus olhos.

— Pense o que quiser fofa, eu tenho certeza que a professora concorda comigo. – disse ela se voltando para a professora.

Callie que era nossa professora de história, abriu e fechou a boca umas duas vezes, ela parecia confusa com a situação.

— O que exatamente você quer que eu faça, Letícia? – perguntou por fim.

Letícia levantou a sombrancelha e deu um sorriso cínico.

— É nítido que essa aluna está atrapalhando a aula a senhora deveria manda- lá para a coordenação.

Duda fechou o punho, e seu rosto ficou levemente vermelho, ela limpou a garganta e disse:

— Me poupe dessa sua hipocrisia, quem mais atrapalha as aulas aqui é você .

Segurei o braço de Duda, que parecia que iria voar no pescoço de Letícia, passei a mão em suas costas e sussurrei um "se acalma" .

Letícia gargalhou alto.

— Sério? Estão todos de prova da sua falta de educação, até a professora.

— Realmente eu estou de prova. – todos os alunos se voltaram para a professora. — De prova de que se quer dava para ouvir o que Duda estava falando, mas agora você sim Letícia estava atrapalhando aula e piorou sua situação tentado culpar uma colega.

Letícia ficou boquiaberta.

— Como...? Você só pode estar louca, minha querida. – respondeu ela.

— Olha Letícia, eu sei que a gente não se conhece muito, mas você tá errada todo mundo aqui tá de prova de quem tava falando alto era você. – disse Henrique, o que quase fez meu coração parar.

— Sim, obrigada Henrique agora Letícia me acompanhe até a coordenação onde você vai conversar com a segunda coordenadora.

Os alunos sorriram, sabendo que Letícia não seria privilegiada daquela vez e a mesma levantou e saiu da sala pisando fundo.

— Graças a Deus, começar a semana com confusão ninguém merece. – disse Grazy.

— Gente! Vocês sabem, que a gente comprou briga com ela né? Se ela já odiava a gente imagina agora. – falei aflita.

— Querida, sua preocupação é agarrar aquele garoto, pode deixar que eu e Grazy vamos cuidar dessa vaca.

Concordei com a cabeça, mas aquelas palavras não me deixarem relaxada, Letícia naquele momento queria acabar comigo e minhas amigas e ela sempre conseguia tudo que queria,
tentei afastar aqueles pensamentos, mas era impossível eu tinha medo dela.

Na segunda aula, Letícia entrou na sala, eu, Duda e Grazy acabamos olhando para ela era inevitável.

Vocês me pagam. – sussurrou ela.

Como Arrumar Um Namorado Em 17 DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora