Capítulo 6.

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12 dias antes

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12 dias antes...

Eu estava a caminho da escola ainda atordoada por tudo que havia acontecido, mas também porque faltava apenas 12 dias para o meu aniversário  e aquilo fazia com que eu pensasse em desistir daquele plano.

— Viane você sabe que a gente ainda tem que escolher muita coisa do aniversário, bolo, doces, aperitivos e os outros detalhes. – disse mamãe.

Balancei a cabeça.

— Pode ser a noite? Hoje eu vou trabalhar.

Ela concordou e logo depois nós chegamos na escola, dei um beijo em mamãe e saí do carro, eu ainda estava receosa quanto a falar com Vitória e Henrique, mas eu precisava ser forte.

Logo na entrada vi Vitória sentada em um dos bancos da escola, ela estava sozinha, juntei minhas forças e caminhei até ela.

— Bom dia. – falei abraçando ela.

Ela sorriu e respondeu.

— Se você tá preocupada sobre ontem pode relaxar, minha mãe já tá de boa. – disse ela.

Dei um longo suspiro.

— Me desculpa mesmo. – falei nervosa.

Ela deu um sorriso e disse:

— Não precisa se culpar tanto, foi até engraçado. – disse ela seguida de um risinho.

Só eu não achava graça daquilo?

Então, você e meu irmão são amigos?

Tomei um susto com aquela pergunta e olhei pra ela procurando algum olhar acusador como se dissesse: "Eu sei que você quer ele."
Mas o olhar de Vitória era sereno e ela não parecia irritada.

— Acho que sim, não mais que ele e minha prima, mas ele me chamou pra lanchar com ele. – respondi.

— Legal, eu não gosto muito quando meu irmão se interessa pelas minhas amigas, mas se vocês estiverem apaixonados.

Meu coração errou uma batida.

— Apaixonados? Não, não você entendeu errado somos-apenas-amigos. – falei assustada.

— Tudo bem, só queria deixar claro não se aproxima muito do meu irmão se você não sentir que ele tá sendo verdadeiro. – completou ela.

O que ela queria dizer com aquilo?

Eu queria perguntar, queria saber se ela queria me contar algo, mas ela não parecia disposta a continuar falando sobre aquilo e talvez eu estivesse exagerando, poderia ser apenas ciúmes de irmã.
Ouvi um gritinho de Duda e ela e Grazy foram correndo em nossa direção.

— Eu passei a noite toda fazendo seu convite de aniversário, mas valeu a pena. – protestou Duda.

Ela me mostrou seu celular onde estava o designer do meu convite, era branco com flores ao redor e um desenho de um violão e notas musicais no centro e acima estava meu nome, realmente estava lindo e combinava comigo.

— Eu posso imprimir não é?

— Claro que pode! Ficou perfeito.

Elas concordaram.

— Como tá sua mãe? – perguntou Grazy a Vitória.

— Ela tá bem, já esqueceu daquele ocorrido. – respondeu ela.

— Amanhã mesmo vou começar a distribuir os convites não vejo a hora! – disse Duda.

Eu estava nervosa quanto a isso, pois não queria ficar conhecida como a garota que daria uma festa no buffet mais caro da cidade, eu também não queria ver o drama que minha prima iria fazer.
A campainha tocou e nós seguimos para nossas salas, encontrei Henrique sentado no seu lugar de sempre conversando com alguns amigos.

— Você ainda vai lanchar com ele não é? – perguntou Duda. — Se você não for eu te mato!

Concordei.

— Tem uma coisa que eu preciso falar. – comecei. — Acho que a Vitória desconfia que eu tô afim do Henrique, ela veio com uma conversa estranha e disse que só é pra mim me aproximar dele se eu sentir que ele tá sendo verdadeiro.

Elas fizeram caretas parecendo intrigadas, o que eu também estava pois queria entender o que Vitória havia dito.

—Parece que ela tá te alertando sobre ele, mas pode ser só ciúmes até porque ela diz que não gosta de quem se aproxima dela por causa do irmão. – analisou Duda.

— Ela me disse que não gosta quando o irmão se interessa pelas amigas. – falei.

Grazy comprimiu os lábios e disse:

— Então só pode ser isso, ela gosta de você e tá com medo de perder sua amizade.

Elas estavam certas, eu tinha outras coisas para me preocupar como meu aniversário, minha prima e aquele plano.
A professora logo entrou na sala e deu fim a nossa conversa e passamos os dois primeiros horários caladas.

Eu estava quase dormindo no meio daquela aula de história quando senti alguém tocar minhas costas, eu mal pude me virar e recebi um bilhete de Felipe que parecia irritado, me virei rapidamente e coloquei ele dentro do livro o que eu menos precisava era a professora vendo aquilo.

Durante a chamada peguei o bilhete discretamente e o abri, logo percebi que era de Henrique até porque eu reconheceria aquela letra caprichada de longe.

Só queria saber se você ainda quer lanchar comigo?

Senti meu coração palpitar.
Havia dois quadrados para marcar sim ou não, marquei o sim e passei o bilhete de volta.
Fiquei olhando o bilhete passar de mão em mão até chegar em Henrique que me deu um sorriso, Letícia seguiu o olhar do mesmo e assim que me viu fechou a cara.

— Henrique rei dos bilhetinhos. – cochichou Duda para Grazy.

Ignorei as duas e continuei olhando para ele que estava relendo o bilhete e logo depois o guardou no caderno, a professora de história saiu da sala e o professor Silvio de química entrou.

Eu estava perdida no meio dos meu cálculos, quando ouvi um limpar de garganta do professor.
Ele me chamou para responder a questão, levantei envergonhada e respondi no quadro e logo depois expliquei, alguns do alunos bateram palmas e deram gritinhos.

— Ela só serve pra fazer cálculos mesmo. – pude ouvir minha prima dizer.

Eu queria respondê-la, mas sabia que o melhor era ficar na minha e não perder minha paciência, até porque cedo ou tarde ela teria o dela.

— Sua prima tá morrendo de inveja. – protestou Grazy. — Até porque a coitada não sabe nem somar.

O problema foi que Grazy disse aquilo muito alto, o que fez todos os alunos começarem a rir e o professor repreender ela que não ligou.
Letícia ficou furiosa, mas não fez nenhum discurso ou saiu da sala daquele vez.

Como Arrumar Um Namorado Em 17 DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora