Capítulo 2.

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16 dias antes

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16 dias antes...

Com minhas experiências em filmes, séries e nas maluquices das minhas amigas, eu tinha certeza de algumas coisas, para que um plano desse certo ele precisava passar por etapas:

1° Planejamento.
2° Elaboração.
3° Resultado .

Era meio simples, esse eram os tópicos, cada um deles passariam por fases, que poderiam ser ou não complicadas o que consequentemente poderia ou não dar certo.

— Eu ainda não acredito que topei esse plano maluco. - falei caindo na cama.

Estava conversando com Duda por ligação, enquanto ela dava um ótimo discurso que daria tudo certo e que achava que Henrique já estava apaixonada por mim.
Eu só conseguia sentir insegurança sobre o assunto.

— Eu já te falei, tenho tudo sobre controle, é só a gente fazer tudo certinho, e ninguém vai saber e você ainda vai namorar o Henrique.

Depois de alguns minutos a ligação se encerrou, Duda se despediu dizendo que ia dormir enquanto eu fiquei me revirando sobre a cama a noite inteira.

E se alguém descobrisse?
Eu seria motivo de piada
Seria a maior humilhação da minha vida.

Eu nem sabia porque tinha aceitado aquele plano ridículo, não tinha como da certo mesmo assim, mesmo sendo a ideia mais sem noção da minha amiga, eu ainda tive um pingo de esperança que poderia da certo.

Mas por que?

Eu poderia reconsiderar contar a verdade, dizer para vovó que o namorado nunca existiu, e que pra ser sincera eu se quer tinha dado meu primeiro beijo.
Mas e depois?
Eu teria que ouvir os risos, piadinhas dos meus primos, meus pais iriam querer entender do que se tratava essa maldita promessa.

O que raios eu tinha na cabeça?

Não dava por mais que eu quisesse contar a verdade, minha mãe planejava que meu aniversário fosse épico, convidou a família em peso e Duda estava lhe ajudando a escolher quem convidar da escola.
Se eu resolvesse contar a verdade.

Seria a humilhação do século.

— Tem que a ver outro jeito, o meu Deus me dá uma luz, alguma idéia será possível que vou ter que ir com esse plano até o fim?

Certo.

Comecei a repensar o plano, o que Duda e Grazy pensavam era que Henrique já estava na minha, e que era só questão de tempo.
Mas o problema era que , como eu faria pra (a) ter certeza que ele estava apaixonado, (b) ficar com ele, (c) ser sua namorada e (d) tudo isso em 17 dias?

Era impossível.

"Vamos com calma" pensei.

— Certo, vai ser difícil, eu diria impossível, mas eu preciso arriscar. - falei comigo mesma.

Peguei meu caderno em cima da escrivaninha e uma caneta e comecei a anotar.

1° Planejamento:

a. Manter contato.
b. Sair com ele.(em menos de cinco dias)
c. Primeiro beijo. (Em menos de dez dias)
d. Ser sua namorada.

Era isso eu já tinha um breve planejamento, mas a parte mais difícil estava por vim a elaboração, como eu iria engolir toda a minha timidez pra fazer aquilo?

Já não bastava a escola, o trabalho, minha festa de aniversário e eu ainda estava metida em mais essa, em arrumar um namorado.

Tudo bem que se eu conseguisse todo aquele esforço valeria a pena, Henrique era lindo e com certeza o sonho de qualquer garota, tudo nele era incrível, e só pensar nisso já me deixava babando, já estava imaginando eu lá linda e plena beijando aquela boca dos deuses.

Tudo bem, talvez eu estivesse viajando um pouco na maionese.

— Se concentra agora você só tem 16 dias pra fazer tudo isso, vai ter que ser tudo que você é de melhor multiplicado por mil. – balancei a cabeça concordando. — É sua chance Maria Viviane, você não pode desperdiçá-la de forma alguma!

Estava alheia aos meus próprios concelhos quando o alarme tocou, dei um pulo da cama com o susto e percebi que já era de manhã e que eu deveria ir pra escola.

— Meu pai amado. – grunhiu me olhando no espelho.

Meu cabelo estava um verdadeiro ninho de rato, meus cachos desidratados e com frizz, como se não bastasse isso minhas olheiras estão absurdamente ridículas e eu estava com uma espinha grande e nojenta bem na testa.

Eu teria que recorrer a medidas extremas, nisso eu me referia a usar maquiagem.
Bem é uma das coisas que eu menos gosto, sentir meu rosto pegajoso e cheio de reboco não era nada confortável, porém naquele momento preciso.

Tirei meu pijama, entrei no box e liguei o chuveiro passei um bom tempo lavando o cabelo e depois secando ele, logo depois tratei de passar uma base e depois um pó pra selar, passei também um batom nada muito forte.
Me olhei no espelho e não estava lá aquelas coisas mais havia dado pro gasto.

Terminei de me arrumar, peguei minha mochila e desci, já estava atrasada então apenas peguei uma barrinha de cereal e entrei no carro, dormi quase o trajeto inteiro e, mas quando cheguei na escola estava grogue de sono.

— Tchau mamãe, bom trabalho. – falei, lhe dando um beijo na bochecha.

— Tchau filha, tenha um ótimo dia. – respondeu ela.

Desci do carro e entrei na escola e logo depois na sala, onde a professora de história já dava sua aula.

— Com licença, eu... Eu posso entrar? – falei, sentindo um frio na barriga com todos aqueles olhares.

— Claro Viane, você nunca se atrasa, a aluna mais pontual que conheço, se chegou tarde é porque aconteceu algo, imagino. – disse a professora e logo depois eu entrei.

Lá vem a queridinha dos professores, aff ranço dessa viane.. – disse Letícia, fazendo suas amigas sorrirem.

E quem era ela?
A aluna mais popular da escola, e eu queria muito que isso fosse só exagero, mas o problema era que ela era uma verdadeira Regina Gogh.
Mas o pior não era isso o pior era que a mesma era minha prima, e estava junto comigo quando fiz a promessa.

— Minha nossa! O que aconteceu com você? – perguntou Grazi, assim que me sentei de seu lado. — Você ta acabada.

Suspirei irritada, e revirei os olhos foi quando vi Henrique ele estava lindo, com o cabelo jogado para o lado, uma jaqueta e seu sorriso encantador que se direcionava a mim.

Como Arrumar Um Namorado Em 17 DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora