Capítulo 12.

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06 dias antes

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06 dias antes...

Revoltada.. não existia palavra melhor para me definir, tudo estava indo de ladeira a baixo e eu não sabia como impedir. Henrique me odiava, minhas amigas me odiavam e talvez até Guto.

E para ser sincera eu não estava me esforçando muito para mudar aquilo, Henrique não tinha que ter participado do show que minha prima fez, Duda não precisava ter batido no mesmo e Guto.. não deveria estar com raiva pelo fato de eu não conseguir esconder meu sentimentos.

— No que tanto você pensa? – perguntou mamãe entrando na rua da escola.

Suspirei.

— Nada não. – me afundei no banco e fechei os olhos.

Para completar eu teria que aturar as piadas até porque até aquele momento todos sabiam que eu havia perdido meu bv naquele trabalho idiota.
Mas pela primeira vez na vida eu não estava disposta a deixar aquilo me abater, meu foco maior era me resolver com meus amigos e Henrique.

Mamãe parou o carro na frente da escola e se esticou para me dá um beijo.

— Tchau, meu bem. – disse ela. — Quando chegar em casa hoje nos temos que terminar de decidir as coisas do seu aniversário.

Senti meu corpo arrepiar.

— Faltam seis dias. – murmurei.

Desci do carro e entrei na escola, a entrada estava lotada de alunos e de longe pude ver Vitória sentada em um dos bancos do jardim.

— Bom dia. – falei quando me aproximei da mesma. — Você já sabe né?

Ela balançou a cabeça positivamente.

— Ele tá com muita raiva de mim?

Ela comprimiu os lábios.

— Acho que ele tá com mais raiva da Duda que chutou o saco dele. – ela riu. — Mas pelo o que ela me contou, ele mereceu.

Olhei para a mesma surpresa.

— Não tá do lado do seu irmão? Pensei que estivesse chateada com a gente.

Ela me puxou para um abraço.

— Eu conheço muito bem o meu irmão, Viane. Por mais que a Duda seja estourada as vezes, eu imagino que ele mereceu. – respondeu ela.

— Não concordo, não acho que nada se resolve com agressão. Eles foram muito infantis, principalmente ela. – falei seca.

Vitória balançou a cabeça, eu estava surpresa que a mesma não estava do lado do irmão, uma parte de mim estava feliz pela mesma estar do nosso lado, mas também não achava que Duda estava tão correta como ela dizia.
Ela havia batido nele sem motivo, certo que Henrique havia sido um estúpido, mas ainda era o garoto legal que eu conhecia.

— Eu já sei. – ouvi a voz de Vitória perdida.

— Sabe o que?

Ela bufou.

— Acha ele justificável porque acha que ele gosta de você não é? Olha eu não sei o que meu irmão sente de verdade. Mas não acho que você deveria ficar de mal com suas amigas por isso.

Revirei os olhos chateada, era isso que eles pensavam? Que eu estava revoltada somente por conta de Henrique?
Eu só queria que minhas amigas me conhecessem direto e soubesse as coisas que eu não gosto, como violência gratuita.

— Não é isso, mas eu também não quero explicar, não vai mudar nada mesmo. – comentei.

Vitória deu de ombros e pegou sua mochila assim que a campainha bateu, a mesma se voltou para mim e disse:

— Vocês vão passar a manhã juntas, eu espero que se resolvam.

Fiquei sentada até quase todos os alunos entrarem, minha vontade era dar meia volta, chegar em casa e cancelar aquele aniversário, ligar para os meus familiares e contar que aquela história de namorado era apenas mais uma mentira de Letícia, meu sangue estava fervendo.

Eu precisava me acalmar, nunca havia perdido a cabeça, eu era uma pessoa da paz e queria me manter daquele jeito.
Me levantei do banco e caminhei em direção a sala, quando entrei todos já estavam no seu lugar, os olhares sobre mim foram inevitáveis.

Só ali me toquei que aquela altura todos já sabiam o que havia acontecido na lanchonete, ótimo.
Caminhei até minha carteira e sentei, as primeiras aulas foram péssimas já que eu não consegui prestar atenção em nada e Duda nem olhava na minha cara.

— Não vai falar com ela? – perguntou Grazy baixinho, se voltando para mim.

Balancei a cabeça negativamente.

— Ela que fez a burrada. – falei alto o suficiente, fazendo um sorriso debochado surgir no rosto de Duda.

— Vocês são duas cabeças duras, é melhor se resolverem logo.

Fiz uma careta para a mesma e tentei prestar atenção na aula, a terceira aula passou muito rápido e logo que bateu eu e os outros alunos nos direcionamos para a porta.

— Peço um minuto da atenção dos alunos! – diz a voz da Diretora saindo do caixa de som da sala. — Estão abertas as inscrições para o show de talentos da escola e nós já temos três cândidas muito fortes.. Júlia Cardoso do terceiro ano.. Letícia Lopes do segundo. nesse momento os alunos bateram palmas para minha prima que fingiu surpresa. — E por último, mas não menos importante Maria Viviane de Jesus.

Quase caí dura no chão.

— Estão todos convidados para o show de talentos no dia vinte desse mês em comemoração dos trinta anos da escola, boa sorte as participantes. – encerrou a Diretora.

Me voltei para Duda e Grazy que me olhavam com os olhos arregalados e um sorriso medroso, eu não podia acreditar naquilo.
Alguns alunos bateram palmas para mim e logo saíram com os outros para o intervalo.

— Vocês não fizeram isso.. eu não posso acreditar, eu falto um dia e no outro tô inscrita em um show de talentos!?

Duda deu um passo.

— Você já viu o prêmio? A escola fez parceria com a gravadora da Camila Oliver e o ganhador ou ganhadora vai gravar uma música com videoclipe e tudo com ela. – disse ela super animada.

Camila Oliver era uma cantora em ascensão e que tinha músicas muito boas, eu até tinha um cd autografado da mesma que Grazy havia conseguido para mim, resumindo eu gostava dela.
Mas eu sabia que não ganharia aquele concurso, porque era sempre da minha prima o primeiro lugar e eu já tinha desistido de tudo que a mesma estava envolvida.

Como eu também desistiria daquela proposta.

Como Arrumar Um Namorado Em 17 DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora