Capítulo 9 - Precisamos vencer! 1ºB x 2ºA, a superação da defesa

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- Tá atrasado - brincou Otávio, quando passei por ele.

As arquibancadas estavam cheias, todos gritando e pulando muito. Não havia tanta gente como no último jogo – quando enfrentamos o 2ºH, a sala do Iago – mas ainda assim o clima era de muita alegria. Não era possível saber ao certo qual torcida era maior, eu só sabia que eu me sentia mais animado com toda aquela galera gritando e cantarolando.

O time adversário parecia um time comum - não havia garotos muito altos e nem agressivos -, e vestiam um uniforme totalmente laranja. Natsuno chegou até mim, perguntando:

- Tem certeza que consegue jogar?

- Tenho - respondi, convicto. Bom, enfrentei quatro vampiros evoluídos agora a pouco, portanto acho que posso jogar bola tranquilamente.

O juiz apitou - o jogo já ia começar.

Olhei para o banco de reservas e todos estavam confiantes. O treinador Almeida fez um sinal de positivo para mim.

Novamente o juiz apitou:

- Começa o jogo! - gritou o narrador, sua voz ecoando por todas as partes do Miniestádio. - Quartas-de-finais do Campeonato Intersalas de Futebol do Colégio Martins!!!

O time adversário iniciou a partida tocando a bola. Ninguém avançava, apenas trocava passes. Aos poucos meu time foi se adiantando, tentando tomá-la dos zagueiros ou laterais, e foi assim que aconteceu o primeiro ataque deles.

Aproveitaram que a nossa defesa estava desmontada e partiram em velocidade. O jogador que conduzia a bola pelo meio-campo era muito rápido e, quando Jake tentou desarmá-lo, passou a bola para o outro que o acompanhava pela lateral direita. Este driblou o nosso lateral e levou até a linha de fundo, depois mandou a redondinha para a área, porém Lucas - o goleiro - saltou e a segurou firme.

Então atacamos.

O primeiro tempo foi praticamente assim, onde nosso time atacava e não marcava. Mesma coisa o time adversário, onde nenhum dos goleiros faziam esforço. Era um jogo que necessitava de paciência, calma, coisa que as equipes não tinham. Apenas atacavam e se defendiam, errando passes e chutes a toda hora.

Até que, no final do primeiro tempo, Anderson - o lateral direito - cometeu um pênalti.

Claramente aquilo nos atingiu, e o que nos restou foi depositar toda a nossa confiança no goleiro. Por outro lado, foi uma coisa ótima para o 2ºA, um gol num jogo como esse. Se eles marcassem, seria extremamente difícil empatarmos.

Anderson recebeu um cartão amarelo e ficou cabisbaixo. Caminhei até ele e, assim que cheguei perto, o mesmo falou:

- Me desculpe, eu não deveria...

- Relaxa - o interrompi, sorrindo. - Tem o segundo tempo, ainda. Um gol apenas ativará o poder do nosso time - e coloquei minha mão sobre seu ombro esquerdo.

Anderson olhou para mim e percebi que estava mais confiante, e falou:

- Você tem razão, vamos vencer essa partida - fiz que sim com a cabeça.

A bola estava na marca do pênalti e o atacante pronto para cobrar. Nossos corações estavam acelerados, então o juiz apitou. O garoto aproximou-se da bola e chutou com muita força no canto. Lucas ainda pulou para o canto certo e espalmou a redonda, porém esta, ao invés de ir para fora, bateu no travessão e voltou para as costas do goleiro; entrou no gol.

Caçador Herdeiro (2) - Trevas Silenciosas | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora