Acordei graças à luz do dia que entrava pela janela do quarto.
Uma mulher abriu.
- Quem é você? - perguntei, bocejando, minha visão ainda embaçada.
- Sou uma das camareiras daqui - respondeu a moça, simpática. - Está na hora de acordar, mocinho.
- Que horas são? – eu perguntei me levantando.
- Dez da manhã.
Eu me espreguicei.
Enquanto a mulher arrumava a cama, me dirigi ao banheiro do final do corredor para escovar os dentes e me troquei. Depois desci à cozinha, onde Natsuno, Jake, Joe e Hebert estavam, todos sentados à mesa.
- Bom dia, galera - falei, ainda com sono.
- Bom dia - responderam.
Tomamos o café, até Hebert ter uma ideia:
- Que tal descermos as montanhas de prancha?
- Snowboard? - perguntei, ficando animado. Ele fez que sim.
- Temos as pranchas aqui - disse o Sr. Kogori. - Vocês sabem praticar esse esporte?
Todos fizeram que sim, menos Joe, que ficou cabisbaixo.
Olhamos para ele.
- Podemos te ensinar – Jake sorriu, tentando deixá-lo bem; Natsuno logo coçou a cabeça, não gostando da ideia.
Joe mostrou-se animado.
Hebert nos conduziu até o armário debaixo da escada, onde pegamos as pranchas, as botas, as luvas, os capacetes e os óculos. Por sorte, tinha também para o tamanho do grandalhão, que estava ansioso.
- É a primeira vez que vou descer uma montanha - disse ele. Mas não demorou muito para a sua ficha cair. "Descer uma montanha?". Então o medo tomou conta do garoto, mas era tarde demais.
Caminhamos pelas estradas – tomada por inúmeros jovens conversando - e fomos para a orla das montanhas, já depois da "cidade", pisando pela primeira vez na neve macia. Havia algumas estações que levava os snowboarders para os topos das montanhas. Eram quatro, cada uma de uma cor diferente.
- Precisamos ir à verde - falei.
- Por quê? - indagou Joe, sem entender.
- As cores são de acordo com o grau de dificuldade - explicou Hebert. - Verde para aprendizagem; azul para iniciantes; vermelha para intermediários; e, por último, a preta, que são para craques igual a mim - ele ficou se achando.
- Já sei pra quem Natsuno puxou - falei a mim mesmo.
- Eu o quê? - perguntou Natsuno, me fitando com uma expressão de confuso.
- Nada não - disfarcei. - Enfim, vamos logo.
As estações eram uma espécie de veículo que conduzia pessoas numa cabine através de fios ligados a torres enormes. Isso foi um dos fatos que deixou Joe com medo.
Olhei para as montanhas e vi várias pessoas as descendo com as pranchas. Não havia apenas Snowboard, pois notei bastante esquiadores também. Alguns deles se aproximaram e chamaram o pai do Natsuno.
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Caçador Herdeiro (2) - Trevas Silenciosas | COMPLETO
AdventureLivro 2 da saga CAÇADOR HERDEIRO. Antes aprendizes, agora oficialmente Caçadores de Vampiros, Diogo, Riku e Natsuno partem em novas aventuras para desvendarem mistérios que rondam por toda a parte, descobrindo então que os vampiros são apenas uma pa...