Capítulo 36 - Última conversa: a emboscada dos homens mascarados!

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Eram sete e alguma coisa da noite e todos estavam se arrumando. Como Billy não poderia ir, o deixei na casa do Léo, que adorava o cachorro e, como são "parecidos", ambos eram grandes amigos.

Penteei meu cabelo (coisa rara) e vesti a minha roupa mais bonita, depois passei perfume. Eu estava ansioso, pois sairia com a família depois de muito tempo. Claro que não era a família toda, mas só aqueles ali já me faziam feliz.

Desci para a sala e fiquei esperando os outros. O primeiro a descer foi o meu tio que, me surpreendendo, também havia penteado o cabelo. Depois desceu meu pai, que estava vestindo uma roupa muito elegante, onde a jaqueta de couro era da mesma cor que a camisa preta – com destaque para a corrente prateada em seu pescoço que, na verdade, era a espada Ko-Kyuketsuki, que pertencera ao Caçador Lendário.

Nós três nos sentamos no sofá e ficamos esperando as duas mulheres.

Cinco minutos se passaram e nada. Karen e Sarah ainda estavam lá em cima e, depois de mais dez minutos, continuavam lá. Nós já estávamos ficando impacientes.

- Por que será que essas mulheres demoram tanto para se arrumar? - Michael perguntou por nós três. Ficamos mais alguns minutos esperando até finalmente elas descerem.

E como estavam lindas...

Tony e Michael ficaram paralisados observando as damas descerem a escada, ambas maravilhosas, minha mãe usando um vestido branco e Karen usando um vestido azul. Não pude deixar de rir da cara dos dois bobalhões.

Meu tio me olhou e falou, como se estivesse se vingando:

- Só faltou a Sophia, né Diogo?

Meu rosto provavelmente ruborizou, visto que todos na sala olharam para mim a ponto de rir.

- Sophia – minha mãe repetiu. – Você ainda não me apresentou.

- Vamos ou não? - os apressei.

Com isso, entramos no Pálio do meu pai, que já estava fora da garagem, e partimos.


Ao chegar na pizzaria, sentamos numa mesa encostada à parede e perto da saída. Ali era amplo, cheio de mesas e cadeiras e pessoas comendo e bebendo. Nos sentamos e não demorou muito para uma moça muito simpática chegar, anotando nossos pedidos. Enquanto a pizza não chegava, conversamos bastante e nos divertimos demais com as histórias do meu tio. Quase sempre eram histórias de suas travessuras da adolescência, e várias vezes incluíam a minha mãe como vítima. Meu pai também contou um pouco da sua infância – com extremo cuidado, claro - e Karen falou da cidade onde morava, não muito longe de Belém. Enfim, aquela noite seria inesquecível, onde me senti muito feliz com a minha família.

A pizza chegou.

Comemos muito e bebemos também. Eu fiquei no refrigerante com as moças, enquanto meu tio e meu pai bebiam Heineken. Depois chegou a hora de ir embora.


Entramos no carro e rumamos à minha casa. Já eram onze da noite, e as ruas estavam vazias devido a ser domingo. A casa era meio distante, mas em breve chegaríamos. Porém, depois de apenas cinco minutos de viajem, o carro perdeu o controle e começou a derrapar. Todos ficaram assustados, principalmente as mulheres, mas com muita habilidade Tony conseguiu controlar o veículo e freou bruscamente.

Suspirei.

- O que foi isso? - perguntou minha mãe, que estava no banco do passageiro, cuja respiração estava ofegante.

Caçador Herdeiro (2) - Trevas Silenciosas | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora