Acordar melhor era impossível.
Por quê?
Porque hoje é sexta-feira, o dia da grande final!
Bem, minha sala batalhou muito para chegar até aqui, e enfrentaremos o 2°H, a sala de Iago Cordeiro. A enfrentamos na fase de grupos, onde empatamos por três a três, cujos gols foram feitos por mim e pelo meu rival, apenas. Aquele jogo foi muito difícil, todavia não perdemos. Os enfrentaremos novamente e sinto que o jogo será muito mais difícil que antes. Aliás, agora se trata de uma final.
Fui para a escola e, meia-hora antes da última aula acabar, o treinador Rubens Almeida apareceu na minha sala, convocando os jogadores para uma reunião antes da partida.
Caminhamos juntos dele e, ainda antes de sair da sala, quando eu já estava na porta, Sophia se levantou e ficou na minha frente, me olhando nos olhos, profundamente; meu coração acelerou.
- Boa sorte, Diogo, confio em você.
- Obrigado – eu falei sem jeito. Ela beijou meu rosto e senti que fiquei vermelho. E ruborizei mais ainda quando notei que éramos o centro das atenções.
Chegamos ao vestiário do ginásio e, assim que estávamos todos reunidos, em círculo, Rubens começou, no centro:
- Atletas, obviamente esse jogo é o mais importante do campeonato. Vocês terão que dar seu máximo, como sempre fazem, entretanto eu preciso dizer uma coisa: o 2ºH é a sala mais forte até aqui. Mais forte do que a nossa, inclusive.
Muitos estranharam aquela afirmação.
- Nós empatamos com eles! – Samuel protestou.
- Verdade, mas apenas porque usamos uma estratégia de última hora que os deixaram desnorteados - o Almeida parecia inseguro. E, pensando melhor, ele tinha razão. Lembro que começamos a marcar Iago fortemente naquela partida, sem deixá-lo tocar na bola. - Vocês acham que eles continuam com as mesmas jogadas, depois de vários jogos?
Por um lado o treinador estava certo, mas ele não podia esquecer que também evoluímos.
- Não estou dizendo que perderemos, só quero que fiquem mais espertos. Nosso time é bom e tem potencial até de disputar o Torneio da Cidade. - Assim que disse isso, pude perceber um brilho nos olhos de cada um. Todos pareciam motivados a vencer.
- E venceremos os dois campeonatos - afirmei, convicto. - Basta termos a mente aberta e o coração no lugar, pois o nosso time pode tudo. – Meus amigos concordaram, e Rubens assentiu.
- É essa sua motivação que é o segredo do nosso time - disse o treinador, olhando nos meus olhos, firme e, hã, orgulhoso.
- Discordo – eu falei com convicção; todos olharam para mim. - Nosso time realmente é muito forte. Todos têm capacidade de vencer, sem depender de mim ou de qualquer outro. O segredo, na minha opinião, é a união.
- Verdade - disseram alguns jogadores, sorrindo.
- Somos imbatíveis! - disseram outros; o treinador sorriu (feito raro).
- Mas acontece, Diogo, que você lembra o fogo - disse ele.
Na mesma hora eu levei um choque. Natsuno também, uma vez que meu clã era mesmo o do fogo.
- Como assim? - perguntei, hesitante, temendo que ele soubesse de algo.
Todos ficaram atentos.
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Caçador Herdeiro (2) - Trevas Silenciosas | COMPLETO
AdventureLivro 2 da saga CAÇADOR HERDEIRO. Antes aprendizes, agora oficialmente Caçadores de Vampiros, Diogo, Riku e Natsuno partem em novas aventuras para desvendarem mistérios que rondam por toda a parte, descobrindo então que os vampiros são apenas uma pa...