Assim que bateu o sinal de ir embora todos foram para o campo, no bosque da escola.
Era a semi-final do campeonato.
Eu e os garotos da minha sala fomos para o vestiário do ginásio, enquanto o restante dos alunos íam para as arquibancadas.
Chegando lá, todos estávamos reunidos, alguns já estavam uniformizados, outros ainda se vestiam, até que o treinador Rubens Almeida entrou, sério como sempre.
- Boa tarde - nos cumprimentou.
- Boa tarde - respondemos, em uníssono.
- Para começo de conversa quero todos determinados como sempre e bem atentos ao adversário - assentimos. - Enfrentaremos o 3°C, um time muito equilibrado.
- Como assim muito equilibrado? - perguntou um dos jogadores.
- Ataca e defende muito bem.
- Bom, já era de se esperar - falou Jake. - Não é atoa que chegaram às semi-finais.
- Mas também temos futebol - falei, confiante. - Chegamos aqui com muito esforço e merecimento.
- Você está certo - interveio o treinador. - Mas esse time tem que evoluir muito ainda se quiser vencer o estadual.
- Estadual? - todos perguntaram ao mesmo tempo.
- Se formos campeões disputaremos o estadual - explicou Rubens. - Mas primeiro precisamos vencer essas duas partidas, que não serão nada fáceis.
Todos pareciam confiantes. Olhei no rosto de cada um e pude perceber um brilho especial no olhar de todos. Mas fiquei mais feliz ainda quando vi Kai conversando com outros jogadores. Parecia que eles se conheciam há muito tempo, como se fossem os melhores amigos.
Fomos ao gramado.
Me surpreendi com a quantidade de torcedores presentes nas arquibancadas. O "mini estádio" estava quase lotado, onde muitos gritavam e pulavam.
O time adversário já estava se aquecendo no campo, cujo uniforme era de cor laranja, completamente, e o time titular da minha sala também foi se aquecer.
Vi Sophia na arquibancada lateral; ela não parava de me olhar, o que me deixou com vergonha. Assim que nossos olhares se cruzaram ela abriu um lindo sorriso, um sorriso que me deu mais ânimo.
Na arquibancada atrás do gol do nosso time, Iago estava com alguns amigos. Uns eram do time da sua sala - que jogará a outra semi-final amanhã - outros reconheci que eram caçadores que faziam parte do seu time. Iago me olhava como se estivesse confiante de que venceríamos, e logo o juíz apitou.
O jogo estava prestes a começar.
Nos posicionamos e ainda olhei em volta, todas aquelas pessoas fazendo muito barulho nas arquibancadas. Primeiros, segundos e terceiros anos, tudo misturado, e ainda era difícil de acreditar que a nossa sala já era um dos quatro times mais fortes do colégio Martins.
- Vamos vencer! - afirmou Natsuno, à minha direita; sorri.
O jogo começou com o pontapé inicial do time adversário.
- Começa o jogo!!!! - disse o narrador, sempre com emoção na voz. - Quem vencerá essa emocionante partida???
Foi muita troca de passes no campo de defesa, sempre com os jogadores do 3°C sendo muito bem marcados. Eles não conseguiam avançar, mas a troca de passes era eficiente demais, tão eficiente que finalmente conseguiram passar da linha do meio-campo. A troca de passes agora era perto da nossa área.
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Caçador Herdeiro (2) - Trevas Silenciosas | COMPLETO
PertualanganLivro 2 da saga CAÇADOR HERDEIRO. Antes aprendizes, agora oficialmente Caçadores de Vampiros, Diogo, Riku e Natsuno partem em novas aventuras para desvendarem mistérios que rondam por toda a parte, descobrindo então que os vampiros são apenas uma pa...