Capítulo 1

8.8K 378 444
                                    

Pov. Carol

Olá, me chamo Caroline dos Reis Biazin, sou filha do Isaias Biazin, dono da maior empresa de tecnologia do país, Biatec. Faz apenas quatro anos que estou vivendo em São Paulo com meu pai. Minha mãe não me aguentava então me mandou para cá, o que foi muito melhor para mim, na verdade. Como não trabalho e nem estudo tenho bastante tempo livre, durante a manhã caminho para pensar um pouco, de tarde tento me ocupar com algo como séries e livros, minha vida é realmente muito entediante. Para sair da rotina vou ao cinema uma ou duas vezes por semana, lá vejo pessoas diferentes, tirando o moço da pipoca e a menina que canta e toca violão do outro lado da rua. Afastei meus pensamentos quando o filme começou, ele não era muito interessante, mas era o único que poderia ver aquele horário. Saí do cinema um pouco tarde, já eram quase 23:00 e meu motorista não havia chegado. Resolvi ligar para meu pai para saber o que estava acontecendo.

Ligação on:

- Boa noite, filha. Aconteceu algo?

- O filme acabou e o motorista não está aqui.

- Ele acabou tendo um imprevisto familiar e o dispensei.

- Não acredito! Como irei embora?

- Sozinha, você tem pés para isso.

- Mas já está tarde e tenho medo.

- Desculpe, filha. Eu até lhe buscaria, mas estou viajando e cansado, preciso dormir, tchau.

Ligação off.

- Eu ir embora sozinha? Que absurdo! - pensei alto.

- Que ruiva mimada. - a menina que tocava violão falou se aproximando.

- Ruiva mimada? Você por acaso sabe quem sou?

- Sei muito bem e não me importo nem um pouco. - parecia ter um sorriso sarcástico em seu rosto.

- Se não se importa então acho que você está se confundido.

- Não estou. Caroline Biazin, filha do dono da Biatec, uma menina mimada que toda semana vem ao cinema para se entreter. Não estuda, muito menos trabalha e vive tratando seu motorista com grosseria. - soltou o violão e me cumprimentou com um sorriso simpático.

- Licença que você não sabe nada da minha vida. - franzi o cenho.

- Tudo bem, só estou falando o que vejo. Quer que eu te acompanhe até em casa? - colocou o violão nas costas.

- Não vou andar por aí com alguém como você.

- Mas o que tem de errado comigo?

- Você estava falando mal de mim a segundos atrás.

- Apenas falei a verdade. Vou indo já que não quer minha companhia. - falou andando na mesma direção que eu ia.

- Espera! - falei um pouco alto demais.

- O que foi? - se virou rindo.

- Também vou nessa direção, sendo assim aceito sua companhia.

- Ok. - ela parecia incomodada com o silêncio. - Então, o que faz da vida além de ser aquela ruiva mimada que vejo toda semana?

- Por favor, não me chame assim. Exijo que me respeite.

- Não sou seu motorista para que me exija algo.

- É você quem está me chamando de mimada.

- Então diz o que você faz da vida.

- Eu saio todas as manhãs para caminhar, de tarde leio livros para me ocupar e claro, venho ao cinema toda semana.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora