Capítulo 21

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Pov. Carol

Chegamos em casa e Day deixou suas coisas em ordem no canto do meu quarto, ela não era uma pessoa tão organizada, mas sabia ser quando queria.

- Que organizada, nem parece a pessoa que vai me ensinar a tocar violão e deixa as cifras e palhetas espalhadas pela casa toda.

- Não é bem assim, se isso te incomoda era só falar e pronto. - bufou.

- Ficou brava? - perguntei sentando na cama e ela negou.

- Você é organizada demais também, acontece.

- Só um pouco, mas gosto de ver as coisas em ordem apenas para facilitar minha vida.

- Você me lembra o Léo e o Vitão. É organizada que nem o Léo, e me entende que nem o Vitão. - deitou na cama e a abracei.

- Vamos pesquisar sobre a escola de música? - perguntei animada e ela apenas assentiu. - Vou pegar meu notebook. - levantei.

- Estou com medo. Perdi tudo que eu tinha antes, agora só me restou você. Não tenho onde ficar, mas prometo que amanhã mesmo começo a procurar um apartamento.

- Fique tranquila quanto a isso. Você sabe que pode ficar o tempo que precisar. - entreguei o computador para ela. - Lê em voz alta.

- Escola de música Nunes, fundada há 16 anos por Marcelo Nunes. A escola foi reconhecida internacionalmente depois de um dos alunos ser escalado para a final de um dos maiores concursos de violão clássico da América Latina, qual ganhou em primeiro lugar. Troféu exposto no segundo andar do prédio. Depois disso a escola ganhou um grande reconhecimento em todo mundo. - me olhou. - Legal, mas quero informações mais úteis. - retrucou. - Não fala quem é o dono, mas tem algo sobre o diretor aqui, só não consigo entrar no link.

- Estranho. Deve ser alguma entrevista.

- Precisamos ir para Goiânia conhecer essa escola. Antes vou organizar tudo aqui, mas pode ter certeza que logo estaremos dentro dela. - apontou para a foto da escola no computador.

- Pode ter certeza que irei com você. - sorri. - Tem mais alguma coisa de interessante?

- Aqui diz que ela foi reformada a quase dois anos atrás, ele ainda estava vivo. Essas fotos são de quatro anos atrás.

- Entendi, a escola deve estar diferente então. - ela assentiu e continuou a olhar as fotos até que meu celular tocou.

- É o Dreicon. Vou atender, ok? - Day assentiu simulando um vômito, ela sempre faz isso quando falo o nome dele. Revirei os olhos e finalmente atendi a ligação.

Ligação:

- Carol?

- Oie, Drei. Quanto tempo.

- Pois é. Está tudo bem por aí?

- Tudo ótimo. Por onde anda?

- Pelas ruas de São Paulo mesmo, acabei de chegar.

- Que bom que voltou, está ficando em algum hotel?

- Na casa do meu pai mesmo, pretendo ficar aqui por um tempo. Bom, só queria avisar que estou de volta.

- Fico feliz em saber que lembrou de mim e que tenha voltado.

- Podemos marcar de nos ver qualquer dia desse, apenas para contar as novidades.

- Claro, me liga quando quiser e marcamos.

- Ligo sim. Tchau, beijos.

- Tchau, beijos.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora