Pov Day
Era uma manhã fria. A última aula era matemática então fugi pelo muro da escola e saí correndo. Muitos deviam pensar que eu era uma adolescente rebelde que fugia da escola para usar drogas ou fazer alguma idiotice, mas eu tinha motivos melhores que esses.
- Day! - ouvi sua voz fraca e animada assim que entrei em seu quarto.
- Bom dia, meu amor. Como está? - perguntei me sentando ao seu lado e depositei um beijo em sua testa com delicadeza. Ele estava muito pálido.
- Estou com dor, mas estou bem. Mamãe me obrigou a comer gelatina.
- Eca! - fiz uma careta fazendo meu pequeno rir.
- Não deveria estar na escola, mocinha? - Léo perguntou imitando minha mãe.
- Preciso trabalhar de tarde, não poderia deixar de vir.
- Vai voltar a trabalhar? - assenti. - Mas você só tem 17 anos. - mostrou vários dedos da mão.
- Ano que vem já vou poder dirigir. Estou fazendo isso por você, preciso que se recupere logo.
- Vou me recuperar melhor se você ficar aqui comigo.
- Eu sei, por isso estou aqui.
- O que faz aqui, mana? - Vitão falou entrando no quarto. - Trouxe pirulito para o Léo, quer também? - me ofereceu com a mão cheia de doces.
- Não quero não, cabeludo. - baguncei seus cabelos que chegavam até seu ombro. - Pegou o pote inteiro de doce?
- Peguei seis porque essa é minha idade ué.
- Espertinho você, hein. Depois me ensina a contar porque faltei na aula de matemática. - ri abrindo seu pirulito.
- O que faz aqui, Dayane Lima Carvalho? - minha mãe perguntou irritada assim que abriu a porta. - Deveria estar na escola.
- Eu sei, mas precisava ver Léo. Tenho que trabalhar logo depois da escola.
- Tudo bem, mas não falem nada para o papai. - sorri e me aproximei.
- É normal ele estar tão pálido assim? - perguntei baixinho.
- É sim, não se preocupe, minha filha. Pode buscar Felipe na escola para mim?
- Pode deixar. - me aproximei de Vitão e peguei dois pirulitos. - Vou levar um para Felipe e um para mim. - ri.
Fui buscar Felipe na escola, ela era um pouco mais afastada do hospital, mas acabei chegando cedo demais e fui dar uma volta pelo bairro que eu não conhecia muito.
- Boa tarde, meu nome é Caroline. Quer comprar uma rifa? - uma ruiva que aparentava ser um pouco mais nova que eu perguntou com um sorriso lindo. - É apenas 5 reais e você concorre a um mp3 de última geração.
- Ok, eu quero quatro. - lhe entreguei o dinheiro e ela me deu quatro papéis. Lá se vai meu dinheiro do almoço.
- Obrigada e boa sorte! – sorri vendo ela se afastar.
Cheguei no portão do colégio de Felipe e assim que ele me viu saiu correndo e me abraçou.
- Já estava com saudades, chegou tarde ontem. - pegou em minha mão.
- Estou trabalhando agora e vou ter que voltar tarde todo dia. - ele me olhou desanimado. - Não fica assim, vamos passar em casa comer algo, estou sem dinheiro para o almoço. - ri.
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A minha maior riqueza - Dayrol
Fanfiction[Concluída] Day é uma simples jovem de aparência admirável que faz de tudo para dar um futuro melhor aos seus irmãos mais novos. Carol Biazin é filha única de Isaias Biazin, dono da Biatec, maior empresa de tecnologia do país. Por conta disso, tenta...