Capítulo 28

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Pov. Carol

Day parecia longe enquanto Arthur experimentava alguma roupa. Acho que ela queria estar em casa e não em um shopping cheio de gente.

- O que está pensando? - me aproximei.

- Em nada. - suspirou. - Estou sentindo, esse é meu problema.

- Então o que está sentindo?

- Tudo. - riu. - Raiva, tristeza e dor. - me encarou. - Mas também estou feliz por estar aqui com vocês dois, sei que vou ter uma nova família em Goiânia.

- Só lembra que estou aqui por você.

- Eu sei. O que você está sentindo com tudo isso, baby?

- Medo. - a abracei por trás.

- Como assim medo?

- Conversamos sobre isso depois. - dei um beijo em sua bochecha.

- Que tal? - Arthur perguntou vestindo uma blusa florida.

- Meu Deus, você é gay! - Day falou surpresa. Até eu que sou eu já sabia.

- Só descobriu agora? - perguntei indignada.

- Aquele terno confundia meu gaydar.

- Sério que foi a blusa? - Arthur perguntou desanimado.

- Eu já desconfiava, mas quero uma blusa igual agora.

- Vai ficar ridícula, Dayane. - falei apontando para a blusa.

- Poxa, magoou. - Arthur colocou a mão no peito de forma dramática.

- Desculpa, ficou ótima em você, mas não combina com a Day.

- Mas não precisava ter falado assim. - falou chateada.

- Desculpa, amor.

- Que tal irmos comer? - Arthur sugeriu.

- Não estou com fome, mas espero vocês lá.

Arthur pagou a blusa dele e fomos até a praça de alimentação.

- Vou pegar pizza. - Arthur avisou indo até a fila.

- O que vai querer, amor? - fiz um leve carinho em sua mão enquanto sentávamos.

- Nada, não estou com fome.

- Pode tentar comer algo? - ela negou. - Faz isso por mim, por favor.

- Já disse que não, baby. - falou um pouco brava.

- Eu vou pedir um macarrão e dividimos. - ela fez cara feia e fui até a fila do restaurante italiano que Arthur estava.

- Será que não foi uma boa ideia ter vindo? - ele perguntou assim que me viu.

- Nem sei mais. Dói ver ela assim, mas eu quero ajudar e ela fica irritada.

- Marcelo raramente ficava irritado, era até engraçado quando acontecia. - riu.

- Ela também não fica muito. - olhei para a nossa mesa e ela parecia tão longe. - Odeio ver ela assim.

- O que você vai pedir? Pode ficar lá com ela que eu levo.

- Tudo bem, um espaguete especial.

- Anotado. - sorriu.

- Voltei, o Arthur vai pedir. - me sentei ao seu lado.

- Me diz do que tem medo, baby.

- De você se perder, se tornar uma pessoa vingativa, achar que tem poder por ter dinheiro.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora