Capítulo 23

3.5K 272 39
                                    

- Dayane Nunes! Não acredito no que estou vendo. - uma voz masculina apareceu do nada e alguém me abraçou, esse alguém não era a Carol...

Pov. Day

- Desculpa, mas conheço você? - perguntei para o jovem que aparentava ter minha idade.

- Não, mas eu a conheço muito bem, estou a meses te esperando. Meu nome é Arthur Henrique, sou o dono e diretor temporário. - olhou para Carol. - Conheço você de algum lugar, mas acho que não é pela Dayane.

- Sou filha do dono da Biatec, me chame de Carol. - sorriu simpática e ele a cumprimentou com um aperto de mão. - Somos namoradas. - não posso negar que fiquei muito feliz por ouvir isso dela.

- Que mundo pequeno! - sorriu. - Vou mostrar a escola para vocês.

- Viemos aqui para isso. - ri.

- Bom, aqui é a apenas a recepção, apesar de grande, é a parte mais simples da escola. - falou andando pelo imenso espaço até chegar no balcão onde uma mulher olhava atentamente para uma agenda. - Essa aqui é minha secretária, Nathália.

- Senhora Nunes? - veio até mim. - É um grande prazer conhecer você! - me abraçou. Que porra está acontecendo?

- Baby, estou sonhando? - perguntei para Carol que apenas riu da minha pergunta. - Meu sobrenome nem é Nunes e sim Lima Carvalho.

- Mas o seu pai era Marcelo Nunes. - Carol falou como se fosse óbvio.

- Eu sei, eu sei. Só não estou acostuma, ainda mais me chamando de senhora, parece que tenho 84 anos. - todos riram.

- Como é possível serem tão iguais? - Nathália falou com um brilho no olhar.

- Que tal todos sentarmos e vocês explicarem tudo isso, estou totalmente confusa. - olhei para todos ali.

- Tudo bem, vamos até meu escritório. - Arthur encarou Nathalia como se quisesse dizer algo.

- Querem alguma coisa para beber? - ela perguntou. - Posso pedir algum lanche se quiserem.

- Não, obrigada. - neguei e Carol também.

Seguimos o tal de Arthur até o escritório dele, era uma sala chique e grande.

- Fiquem à vontade. - falou e nos sentamos de frente para ele. - Bom, o que você sabe?

- Quase nada, eu acho. Sei que meu pai tinha uma doença desconhecida e mandou minha mãe para Santos enquanto ela estava grávida, lá ela conheceu outro cara que morava em São Paulo e depois não deixou ele se aproximar de mim.

- Marcelo sempre esteve por perto apesar disso, foi diretor da sua escola de música. - falou pegando uma pasta. - Ele foi na sua primeira apresentação de canto. - me entregou algumas fotos.

- Eu não lembro dessa. - apontei para uma foto minha com meu pai. - Cara, eu não quero chorar agora.

- Era a foto preferida dele, e tudo bem chorar, seu pai também era muito sentimental.

- Como conheceu meu pai? - perguntei e seus olhos brilharam.

- Meus pais me abandonaram quando eu tinha 7 anos, ele tinha acabado de voltar para Goiânia e acabou ficando comigo. Marcelo foi um homem incrível e o melhor pai de todos.

- Ele sempre esteve por perto mesmo, mas sou burra e nunca reparei.

- Dayane! - Carol me repreendeu.

- Não tinha como você saber.

- Por que ele não me contou toda verdade depois que fiz 18 anos?

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora