Capítulo 30

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Pov. Carol

- Tem certeza de que vai fazer isso sozinha? - Bruno perguntou preocupado.

- Sim, nos vemos amanhã. - lhe abracei.

- Qualquer coisa me liga. Espero que dê tudo certo.

- Também espero. Te amo. - respirei fundo e entrei em casa.

Minha mãe estava sentada no sofá comendo qualquer coisa e me sentei em sua frente.

- Não temos nada, esqueci de ir ao mercado. - falou me encarando.

- Tudo bem. Almocei com o Bruno hoje.

- Como foi no teste de matemática?

- Acho que bem, estava fácil.

- Viu? Não precisava ter ficado tão nervosa.

- Mas não é por isso que eu estava nervosa.

- O que aconteceu? - ela largou o prato na mesa de centro prestando atenção em mim.

- Eu queria ter te contado antes, mas só tive coragem agora.

- O quão ruim vai ser essa notícia?

- Bruno encheu minha cabeça com algumas coisas que faziam sentido e resolvi experimentar.

- Meu Deus, você está grávida do Bruno!? - arregalou os olhos.

- Não, mãe! Claro que não! Eca! - ela pareceu um pouco mais aliviada.

- Então o que quer me contar para estar tão nervosa assim?

- Eu gosto de meninas, era só isso. - sua expressão mudou completamente me fazendo sentir um aperto do peito.

- É só uma fase, querida. - suspirou decepcionada. - Estava torcendo para que não acontecesse com você. Pode ficar tranquila que vamos à igreja nesse domingo e se precisar te levo todo dia, ok?

- Não é só uma fase, mãe! Já fiquei com várias meninas, desde meus 14 anos aliás, sei muito bem o que sinto.

- Tem noção da besteira que está falando? - levantou o tom de voz. - Você perderá sua mãe se continuar com isso.

- Agora você se importa com o fato de ser minha mãe? Não parecia se importar antes quando precisei. Sempre teve coisas mais importantes para fazer.

- Nunca mais diga isso! - se aproximou. - Você é apenas uma adolescente rebelde e está fazendo isso para chamar minha atenção.

- Estou dizendo a verdade, vai mesmo me julgar por amar?

- Uma mulher, Caroline, uma mulher! Eu sabia que deveria ter deixado você com seu pai. - senti meu coração acelerar.

- Onde está meu pai? - perguntei esperançosa.

- Ele nem sabe que você existe. Acho melhor mudar de escolha antes que eu te mande para lá e ele faça você tomar rumo.

- Não é questão de escolha, mãe. - olhei para a janela e vi que Bruno ainda estava lá fora me esperando. - Me procure na casa de Bruno quando meu pai vier me buscar.

- Duvido que ele venha te buscar. Ele é um homem rico, não vai acreditar que é filha dele e eu me recuso a falar com aquele homem.

- O que ele fez de tão ruim?

- Nada, foi apenas um caso de alguns meses.

- Me diz quem é ele.

- Isaias Biazin, dono da Biatec.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora