Pov. Day
Eu não sabia o que tinha acabado de acontecer. Eu e Carol ficamos por um longo tempo apenas nos encarando como se fosse uma hipnose. Quando Carol quebrou o contato visual sussurrou algo e saiu correndo. Apenas encarei minha blusa que estava jogada na cama e fiquei tentando raciocinar, estamos na casa dela e não tem para onde ela fugir dessa vez. Levantei colocando minha blusa e descendo as escadas rapidamente.
- Carol? - me sentei ao seu lado e ela deitou a cabeça em meu ombro. - O que sussurrou e por que saiu correndo?
- Eu te amo, Day. Sei que talvez não sinta o mesmo por mim, mas naquele momento eu precisava falar, depois me arrependi e desci.
- Relaxa, baby. - ouvimos um barulho na porta. - Não posso nem conversar que sempre chega alguém.
- Voltei, meninas. Ainda estão aí? - Senhor Biazin entrou e foi direto para cozinha. Ele já voltou? Quanto tempo eu e Carol ficamos lá em cima apenas nos encarando?
- Acabamos de descer. - ela falou tão confusa quanto eu. - Por quanto tempo ficamos lá em cima? - sussurrou para mim.
- Não faço a menor ideia, mas pelo menos estamos cada uma com sua roupa. - brinquei.
- A sua está ao contrário aliás. - deu uma gargalhada. Que merda! Seu pai deve estar se perguntando como alguém da minha idade não sabe vestir uma blusa direito.
- Vamos para a mesa? Já encomendei as pizzas, pedi os sabores mais comuns, frango com catupiry, calabresa e quatro queijos. - apenas assentimos e fomos para mesa. O pai dela sentou na ponta da mesa e Carol e eu sentamos na lateral, uma do lado da outra. - Está tudo bem entre vocês?
- Eu acho que está sim, não é? - a encarei nervosa.
- Está tudo ótimo. Não se preocupe, Day. - falou me tranquilizando. - Eu quis dizer não se preocupe, pai. - riu.
- Bom, Carol comentou sobre você gostar de bebidas e saber a respeito. - me encarou.
- Claro, trabalhei em um bar logo depois que fiz 18 anos e acabei me interessando aos variados tipos de bebidas. Qual a sua favorita?
- Bloody Mary, sem dúvida nenhuma.
- Bom, eu não sou muito fã de pimenta, meu pai também não, mas adora misturar suco de tomate, vodca e bastante sal.
- E qual é seu favorito?
- Dry Martíni. - Carol que até então estava quieta respondeu por mim.
- Exatamente. Sou muito apaixonada. - falei me referindo a Carol que acertou minha bebida favorita. - Por Dry Martíni, claro.
- Claro. - ele repetiu. - Gim e vermute seco são uma ótima mistura, mas nada se compara a Bloody Mary.
- Licor é algo que não suporto de jeito nenhum. - assim que falei Carol bufou. Ela parecia entediada.
- Faz muito tempo que não tomo. Na verdade, eu não costumo beber.
- Também não sou de encher a cara, bebo mais por degustação mesmo. - nesse momento Carol colocou a mão na minha coxa, eu não sabia o que fazer, ela estava me provocando. - Com todo respeito, mas sua filha bêbada é quase tão louca quanto sóbria.
- Por que sou louca sóbria, Day? - perguntou indignada apertando minha perna com sua mão.
- Eu não disse isso, é você quem está falando. - a campainha tocou e o Senhor Biazin foi buscar a pizza. - Pare de me provocar.
- Quem mandou me chamar de louca, agora não vou parar de jeito nenhum. - sussurrou nos meus ouvidos.
- Você vai ver depois do jantar. - tirei suas mão da minha perna.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A minha maior riqueza - Dayrol
Fanfiction[Concluída] Day é uma simples jovem de aparência admirável que faz de tudo para dar um futuro melhor aos seus irmãos mais novos. Carol Biazin é filha única de Isaias Biazin, dono da Biatec, maior empresa de tecnologia do país. Por conta disso, tenta...