Capítulo 10

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Pov. Carol

Eu já estava pronta, coloquei um top preto e uma blusa de tecido listrado por cima. Deixei meu cabelo solto e passei uma maquiagem, resolvi ir de saia já que fazia tempo que eu não usava. Logo ouvi a campainha e meu pai abriu a porta, já que Sara tinha ido embora. Podia ouvir eles conversando mesmo estando no andar de cima.

- Olá, menina Lima. Vocês duas capricharam hoje. - meu pai falou de maneira simpática.

- Obrigado, Senhor Biazin. Só espero que ela não ache muito exagerado.

- Não, Carol está tão arrumada quanto você. Pode subir, ela deve estar no quarto.

- Obrigada, Senhor. Boa noite. - pude ouvir ela subindo as escadas.

Dei uma última olhada no espelho e meu coração disparou assim que senti sua presença, me virei e tudo ficou em câmera lenta, ela estava com seus cabelos jogados para o lado, uma blusa social com botões e seu cheiro embriagante invadiu meu quarto. No rosto tinha um lindo sorriso e seus olhos brilhavam. Eu não mereço tamanha obra de arte.

- Boa noite, moça. - falei em um tom brincalhão e ela veio me abraçar. Eu estava louca para agarrar ela ali mesmo. - Você está maravilhosa.

- Olha para você então, é a mulher mais linda do mundo. - separou o abraço e analisou cada detalhe do meu corpo.

- Não exagera, Dayane. Para de me olhar assim, está me deixando sem graça. - cruzei os braços.

- Qual é? Você está muito bonita, só estou admirando.

- Então vamos logo. - saí do meu quarto e desci as escadas sendo seguida por ela.

- Pegou sua carteira, filha? - meu pai perguntou assim que me viu.

- Não precisa se preocupar, Senhor Biazin. Hoje é por minha conta e já chamei um Uber para nos levar. - ela falou séria.

- Vou deixar vocês irem então, se cuidem.

- Tchau, pai. - peguei na mão da Day e fomos até o lado de fora onde já tinha um Uber nos esperando.

- Vamos, baby? - ela me abraçou por trás e me deu um beijo na bochecha.

- Uhum. - peguei meu celular. - Pode guardar para mim? Estou sem bolso. - Pedi sem graça.

- Só porque você está muito bonita com essa saia, para não falar outra coisa. - abriu a porta do carro e entramos.

No caminho fomos conversando com o motorista sobre o clima e o trânsito, nada de mais. Assim que chegamos pude notar que era uma balada mais chique e diferente, nem sequer sabia da existência dela. Fomos para o bar e Day pegou uma bebida específica que não entendi o nome.

- Qual o nome disso?

- Dry martíni, é uma mistura de gin e vermute seco. Conhecido como o rei dos coquetéis. Não entendo como a riquinha aí nunca experimentou.

- Eu sempre bebia as mesmas bebidas.

- A graça de beber é variar e conhecer novos sabores, baby. - me entregou o copo e tomei um gole. - Gostou?

- Sim. Eu só esperava que fosse mais doce. - fiz uma careta.

- Doce? - deu uma risada gostosa. - Bom, podemos ver algo mais doce se quiser. Tem alguma coisa específica que queira tomar?

- Não, me surpreenda.

- Deixa eu ver. - pensou um pouco. - Uma vodca de morango, por favor. - falou com o barman. - Gosta de energético?

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora