Capítulo 3

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Pov. Day

Cheguei na porta de casa e Vitão estava voltando de algum lugar.

- Onde você estava, pirralho?

- Olá, Day! O pai chegou e pediu para tirar os fones que deixamos lá no carro.

- Ele chegou cedo. - falei pensativa. - Vamos fazer assim, vou entrar primeiro enquanto isso você fica aqui com essas sacolas, quando eu subir com o Léo você pede ajuda para eles, tem salgadinhos, bolo e refrigerante.

- Oba! O Léo merece. - vi seus olhos brilharem. - E eu também, não é?

- Merece, mas lembra que está me devendo aquela nota de inglês.

- Acho melhor você ir logo, antes que aconteça algo, nunca se sabe.

- Vou te ajudar a estudar depois, ok? - passei as sacolas para ele e entrei.

- Por que demorou tanto? - Léo colocou as mãos na cintura, ele realmente parecia bravo com minha demora.

- Eu fiquei ensaiando para tocar parabéns para você no violão. Quer ver? - perguntei rezando para ele aceitar.

- Quero! - falou animado.

- Vamos lá em cima então, quero falar com o papai. - ele assentiu e subimos.

- Como foi seu dia? - Pude ouvir o barulho do Vitão entrando.

- Foi muito legal, o papai me deu um pirulito azul de presente, foi o único presente que ganhei, mas amei muito. - sorriu com a maior sinceridade do mundo. - Vai tocar ou não?

- Claro que sim! - comecei a tocar um solo simples.

- Isso é incrível. Quando você vai me ensinar a tocar violão?

- Esse aqui ainda é muito grande, mas qualquer hora arranjo um para você, ok? - fiz cócegas em sua barriga.

- Filhão? - meu pai entrou no quarto. - Mamãe preparou um miojo supimpa para você. - piscou para mim. - Vamos descer.

- Oba! Adoro miojo. - falou animado. Amo o jeito que Léo se contenta com tão pouco.

Descemos e a mesa estava toda arrumada, eles realmente foram rápidos.

- Surpresa! - todos gritaram.

- Tudo isso é para mim? - perguntou sem acreditar.

- Para quem mais iria ser? Foi a mana que trouxe tudo. - Vitão lhe abraçou.

- Obrigada, mana. - Começou a chorar de emoção, eu não acredito que ele está mesmo chorando. - Eu te amo.

- Eu te amo muito, vamos comer.

Ele estava muito feliz, seus olhos brilhavam, faria qualquer coisa para ver ele assim todos os dias.

- Você é a melhor filha do mundo. - minha mãe me abraçou. - Como conseguiu comprar tudo?

- Digamos que hoje rendeu. - ri, pois toquei apenas duas músicas antes do Senhor Biazin aparecer.

- Esse bolo está muito bom. - Felipe finalmente falou algo. Ele era o menino mais velho, foi meu primeiro irmão, mas anda tão distante. Acho que talvez seja normal da idade já que tem 14 anos, coisa de adolescente.

- Vamos jogar? - perguntei e sentaram no chão fazendo uma roda. - Felipe você vem?

- Pode ser. - se sentou ao meu lado.

Jogamos várias rodadas de Uno e depois os meninos foram assistir um filme que minha mãe alugou. Me despedi de todos e subi para meu quarto, eu estava muito cansada. Peguei meu celular e tinha mensagem da Carol.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora