Capítulo 14

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Pov. Carol

Fui até a casa da Day e ela estava beijando outra menina no sofá. Aquilo doeu tanto em mim que comecei a chorar. Me senti traída. Estou apaixonada por ela e por um momento pensei ser recíproco. Saí correndo e minutos depois ouvi sua voz me chamando, não queria que ela me visse chorando, já estava quase chegando em casa quando ela me alcançou.

- Por que está chorando e por que saiu correndo desse jeito? - perguntou ofegante, mas eu fiquei quieta. - Me responde, Carol. Você está me deixando muito confusa e eu não sei o que fazer.

- Eu estou te deixando confusa? Pensei que você se contentava em ficar apenas comigo, mas vejo que me enganei em achar que seria verdade.

- Foi só um beijo, nada de mais.

- Você estava beijando uma aluna na sua própria casa onde seu irmão ou qualquer um da sua família poderia ver. - parei quando Day me interrompeu.

- Na verdade, parei de dar aula para ela faz tempo e Vitão ainda tem nojo dessas coisas.

- Deixa eu terminar. - falei irritada. - Se você ficou com ela sem preocupações então por que nunca me levou na sua casa?

- É diferente, Carol. São situações diferentes.

- Só porque ela é apenas uma menina normal. - fiz aspas com os dedos. - E eu sou filha do Isaias Biazin?

- Não é nada disso. - desviou o olhar. - Talvez seja um pouco.

- Ok. - senti meus olhos voltarem a marejar. - Vai lá com sua aluna, ou seja lá o que ela for.

- É que na casa do seu pai conseguimos passar por amigas e temos sossego.

- Sabia que seria má ideia me apaixonar, eu estava muito bem até você aparecer.

- Você está apaixonada por mim, Carol? - perguntou me pegando de surpresa.

- Não, Dayane. Estou apenas reclamando que nunca vou na sua casa.

- Acabou de dizer que sabia que seria uma má ideia se apaixonar, então você está sim.

- Não, eu não estou. Tchau. - falei indo em direção a minha casa e ela me seguiu. - Qual é o seu problema? - perguntei irritada.

- Eu quem deveria te perguntar isso.

- Quer mesmo discutir agora? Estamos no meio da rua se não percebeu.

- A única irritada aqui é você. Se não quer que os outros vejam então vamos logo para sua casa.

- Eu te odeio. - apressei meus passos.

- Sei que não é verdade. Você me ama, isso sim. - falou e seus olhos brilharam.

Chegamos na minha casa e nem sequer olhei na cara dela, fui à cozinha para pensar no que dizer a ela. Resolvi fazer uma jarra de suco bem gelada para nós duas já que estava muito quente.

- Quer ajuda, baby? - me abraçou por trás me assustando.

- Você me assustou, Dayane. Sai daqui, quando eu terminar a gente conversa.

- Mas tá brava? - deu um tapa na minha bunda e saiu correndo.

Resolvi fazer uns sanduíches, provável que Day não tenha comido nada desde hoje de manhã. Fui até à sala com os lanches e ela parecia pensativa.

- Aposto que a única coisa que comeu foi o pão de queijo. - falei entregando seu prato e ela concordou.

- Está irritada? - me encarou.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora