A minha maior riqueza - Dayrol

Capítulo 36

Pov. Carol

Diferente de ontem, hoje estou muito feliz. Acordei antes de Day e preparei um café caprichado já que ela havia chegado tarde na noite anterior e não comeu nada. Coloquei um roupão e me aproximei da cama vendo minha mulher dormindo.

- Amor, acorda. - falei fazendo um leve carinho em seu braço.

- Não vou trabalhar hoje, fique comigo. - Day pediu ainda de olhos fechados.

- Eu sei, meu bem. Preparei um café da manhã, você precisa se alimentar.

- Pensei que eu não merecesse um café da manhã. - sorriu abrindo os olhos.

- Não mesmo, mas como sou uma ótima namorada abri uma exceção. - ri.

- Você é a melhor namorada do mundo. - me deu um selinho e levantou.

- Como Léo está? Você ficou até tarde lá, fiquei preocupada.

- Ficamos conversando e resolvendo tudo a respeito da cirurgia.

- Espero que dê tudo certo. - ela assentiu desanimada. - Não fique nervosa, te conheço bem o bastante para saber que está com medo.

- Só não quero lidar com a dor de perder ele de novo. - se sentou no sofá da sala.

- Vai dar tudo certo, fique tranquila. - lhe entreguei uma bandeja de café. - Eu poderia ter levado na cama, mas tenho certeza que você iria derrubar em dois segundos. - ri.

- Obrigada, baby. Quer conversar sobre Luciano? Sei que ainda está chateada comigo apesar de saber que já parei com essa ideia de vingança.

- Na verdade, não é uma luta minha. - ela me olhou surpresa. - Já gastei todas as minhas energias com isso, cansei. - me sentei ao seu lado.

- Não pensava em ouvir isso de você tão cedo. - riu tomando um gole de suco.

- Mas acho melhor não tentar fazer mais nada contra ele, caso contrário a senhorita fica solteira. - ela arregalou os olhos e se afogou com o suco. - É para ter medo mesmo. - falei pegando um pouco de morango da tigela.

- Calma, não vou fazer mais nada. - respirou fundo me encarando. - Me perdoa mesmo, não pensei que ficaria brava com algo tão atoa.

- Não fiquei brava e não foi algo atoa. Senti medo na hora, Day.

- Tudo bem, já entendi. Do mesmo jeito que prometi que iria me vingar, agora prometo que nunca mais farei isso.

- Perfeito. - dei um selinho nela. - Eu te amo tanto.

- Também te amo. Obrigada por estar comigo mesmo eu fazendo as coisas que não goste e te dando vontade de ir para longe.

- Eu não queria ir para longe, só precisava de um tempo. - Day abaixou a cabeça forçando um sorriso. - Ficou chateada, não é?

- Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Sempre fui de afastar as pessoas com meu jeito chato e irritante, não tinha como ser diferente dessa vez.

- Não foi bem assim, amor. Me perdoa, não quero que se sinta assim. Que tal terminar seu café e depois assistir um filme juntinhas? - sorri ao ver a mesma se alegrar um pouco. - Está tudo bem entre nós, não se preocupe.

- Você seria uma ótima mãe, sabia?

- Nós seríamos ótimas mães. - sorri vendo ela levantar e me entregar a bandeja indo até o quarto.

- Guardei isso para um momento especial. - tirou a bandeja do meu colo. - Mas eu acharia muito exagerado fazer isso em algum restaurante luxuoso. Me perdoa por ser sempre tão fora da lei. - riu.