Capítulo 22

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Pov. Day

Estou o dia inteiro procurando um apartamento e nada. De manhã passei em duas escolas de inglês e nenhuma delas fizeram questão de olhar meu currículo. Já está escurecendo e tudo que preciso é dormir. Assim que me aproximei da porta notei um carro branco estacionado em frente da garagem. Abri a porta e me deparei com o tal de Dreicon sentado num sofá com a mão na coxa da Carol e os pais dos dois em outro. Meu coração acelerou e fiz de tudo para não chorar na frente deles.

- Só vim buscar meu celular, esqueci ele em algum lugar. - Carol levantou imediatamente ao ouvir minha voz e Isaias arregalou o olho. - Eu vou embora.

- Vamos subir. - sussurrou se aproximando. - Já voltamos - falou para o Dreicon e o pai dele.

Subi as escadas correndo e esperei ela na porta do quarto. Preciso manter a calma e não chorar agora.

- Podemos entrar? - assenti entrando no quarto e ela trancou a porta.

- Que porra foi aquela, Carol? - perguntei irritada.

- Desculpa, Day. - tentou pegar no meu rosto, mas impedi assim que olhei sua mão.

- A aliança, Caroline. Você tirou a aliança?

- Óbvio que tirei, ele chegou do nada e ainda estava com o pai dele. Entrei em pânico, o que queria que eu fizesse?

- Talvez que você não deixasse aquele idiota encostar em você e que não tirasse a aliança? Você só pode estar de brincadeira. - me afastei indo para o outro lado do quarto.

- Deve ser fácil falar já que é assumida.

- Fácil, Caroline? Eu passei o dia inteiro procurando a porra de um apartamento. Tudo que eu queria era chegar em casa e ficar com minha namorada, mas encontro você com aquele babaca.- comecei a chorar.

- Dreicon não é nenhum babaca, Day.

- Tem razão. - a encarei. - Ele é apenas um coitado que se apaixonou e você brincou com os sentimentos dele fingindo ser recíproco.

- Sério que você vai me julgar agora? Sei muito bem o que fiz e me arrependo. - me encarou irritada. - Mas você não tem o direito de me julgar.

- Quer saber? Vou para Goiânia sozinha. Estou cansada das pessoas me enganarem e mentirem para mim.

- Mentir? Você já está misturando as coisas. Não sou sua família, eu nunca menti para você.

- Mas você escondeu a verdade.

- Que verdade, Dayane? Eu te contei a porra da minha vida inteira.

- Sei que você transou com o Dreicon e me disse que não.

- Em nenhum momento passou pela sua cabeça que eu não me senti confortável em te contar nada sobre isso?

- Não vou perder tempo aqui. - peguei minha mochila e meu celular que estava jogado na cama.

- O que vai fazer?

- Já disse, vou para Goiânia. Preciso comprar a passagem e depois volto buscar o que é meu.

- Olha aqui, Dayane. - a encarei. - Se você voltar sem a minha passagem, a coisa vai ficar bem complicada entre nós duas. - apenas assenti e saí do quarto.

Saí pelos fundos para não correr o risco de encontrar com o senhor Biazin e ele vir com aquela coisa de que ele me avisou e eu ter dito que iria entender, mas ele realmente avisou.

Flashback on:

- A loja é lá em cima vamos, Lima.

- Estou ansiosa.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora