Pov. Carol
Meu pai foi viajar de última hora então fiquei sozinha. Conversei com Day sobre o Dreicon e ela me julgou do nada, como se eu devesse explicações a ela. Pode ser que tenha se sentido mal pelo fato dele ser filho do prefeito, mas ela não parece ligar para essas coisas. Passei o dia todo lendo um livro, ultimamente minhas leituras têm ficado tão entediantes. Resolvi tocar um pouco de violão, o que não foi uma boa ideia já que Day não poderia me ajudar e eu não conseguia lembrar de nada. Já estava chegando o fim da tarde e ela me mandou mensagem.
Mensagem on:
Day: Posso passar aí para conversarmos?
Carol: Uhum
Mensagem off.
Me limitei a responder, eu estava um pouco irritada, mas de certa forma sei que ela deve ter uma boa explicação, por isso quer conversar. Não demorou muito e ela chegou, parecia cansada e não estava com uma cara muito boa.
- Podemos conversar? - perguntou assim que abri a porta.
- Sim, entra. - falei séria indo até à sala. - Pode sentar. - ela apenas assentiu sentando ao meu lado.
- Desculpa por hoje, eu realmente não quis falar aquilo, ok?
- Ok. Era isso que queria conversar? Poderia ter mandado mensagem.
- Eu sei. - assentiu repentinamente. Ela estava nervosa. - Na verdade, eu queria conversar sobre mim mesma.
- O que tem você mesma? - deixei minha expressão mais calma para tranquilizar ela.
- Sei que deveria ter falado antes e se quiser desistir de mim, eu vou entender.
- Respira e para de enrolar. - peguei em sua mão, mas ela soltou e se afastou um pouco.
- Eu sou toda errada, baby.
- Não é não. Do que está falando?
- Dessa minha mania de irritar os outros. Tenho crises de ansiedade. Choro com muita facilidade, mesmo que eu não queira. Costumo agir mais pela emoção do que pela razão. Às vezes fico agitada do nada ou me animo e começo a falar rápido demais. Tentei me controlar o máximo esses dias, mas hoje eu não aguentei, desculpa.
- Tudo bem, Day. Meio que já reparei. Teve o dia em que você chorou tocando Cecília e disse que caiu um cisco no seu olho. - ri ao lembrar da cena. - Tem vezes você dedilha tão rápido que nem sequer consigo reconhecer a música. Você assente repentinamente sempre que está nervosa. Bom, os outros estão bem na cara.
- Aposto que o tal de Dreicon não tem nenhum desses defeitos.
- Não são defeitos e esquece o Dreicon, não precisa se preocupar com ele.
- Acho que já vou. - se levantou. - Obrigada por me ouvir.
- Fica aqui comigo, estou a tarde toda entediada. Me conta mais coisas sobre você, vem cá. - peguei sua mão e fomos até o quarto.
- O que quer saber? - se sentou na cama enquanto eu guardava o violão.
- Tudo. Com quantos anos beijou a primeira menina?
- Acho que eu tinha uns 14 anos e você?
- Também. Beijou quantas pessoas até hoje? - me sentei na cama encostando na cabeceira.
- Acho que oito. Deixo adivinhar, você ficou com três?
- Errou, foram duas, e fiz com uma.
- Eu fiz com três. - riu envergonhada.
- Se apaixonou quantas vezes?
- Uma. - desviou o olhar. - Só uma.
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A minha maior riqueza - Dayrol
Fanfiction[Concluída] Day é uma simples jovem de aparência admirável que faz de tudo para dar um futuro melhor aos seus irmãos mais novos. Carol Biazin é filha única de Isaias Biazin, dono da Biatec, maior empresa de tecnologia do país. Por conta disso, tenta...