A minha maior riqueza - Dayrol

Capítulo 6

Pov. Carol

Odeio o jeito que a Day me deixa ansiosa quando vou ver ela. Estou pronta, mas não bonita o suficiente.

- Qual é Carol? Somos só duas amigas indo passear. - falei comigo mesma olhando no espelho e ajeitando a blusa.

- Tudo bem, filha? - meu pai entrou em meu quarto já que a porta estava aberta.

- Tudo sim. Vou sair com a Day, mas não gostei muito dessa roupa. Eu deveria ter comprado uma nova.

- Você está perfeita. Lima é uma menina simples, não vai se importar com sua roupa.

- Ok. Vou esperar ela lá fora. - dei um beijo em seu rosto e saí praticamente correndo.

Fiquei esperando por alguns minutos e logo avistei ela saindo do carro e se aproximando de mim. Por um momento imaginei ela vindo em minha direção e me dando um beijo. Foi o que ela fez, na verdade, só que foi no meu rosto.

- Bom dia, menina Biazin. - falou com um lindo sorriso no rosto.

- Não seria boa tarde? - comecei a caminhar e ela me acompanhou.

- É que eu dormi demais então para mim ainda é dia.

- Nossa, acho que te cansei ontem.

- Acho que você foi a parte menos cansativa de ontem. - suspirou.

- Quer me contar o que aconteceu?

- Não, esquece isso.

- Tudo bem.

- Adorei essa blusa.

- Eu não curti muito. - falei desanimada.

- O importante é que gostei.

- Também gostei da sua. Você tem um ótimo estilo, não usaria, mas gosto de ver outras garotas vestidas assim.

- Entendi, eu acho. - riu. - Então, seu pai sabe que me chamou para sair? - perguntou como se eu tivesse a chamado para um encontro.

- Sabe e continua te chamando de menina Lima.

- Muito bom ter uma amiga e o pai dela me chamar assim, acho muito daora. - falou animada.

Conversamos a tarde inteira, ainda era pouco então resolvemos dar uma volta de carro pela cidade.

- Seu pai não vai ficar preocupado ou pensar que eu te sequestrei? - Day perguntou assim que entramos no carro.

- Não, no máximo ficará perguntando o que ficamos fazendo todo esse tempo.

- Entendi.

- Pode confiar em mim e me contar o que aconteceu ontem?

- Bom, meu irmão de 8 anos chegou em casa dizendo que queria fazer balé então falei que iria matricular ele, meu pai não deixou e ainda disse que já bastava ter uma filha que nem eu, agora um filho que fizesse balé seria demais para ele. - me encarou. - Eu entendo todo esse fato do Léo poder sofrer bullying, mas a preocupação dele não parecia ser com isso exatamente. - falou decepcionada.

- Isso é sobre você ou sobre seu irmão?

- Os dois, como assim?

- Está decepcionada por ele ter falado aquilo de você ou do seu irmão?

- Do meu irmão, ele é só uma criança.

- Isso te machucou, não foi?

- Claro, ele realmente chegou chorando, já passou por muita coisa e ficou muito chateado com meu pai.