Capítulo 5

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Pov. Day

Hoje tanto o dia quanto a tarde foram muito cansativos. Ensinei alguns acordes e dedilhados novos para Carol, mas também conversamos bastante. Ela já me deu o violão do Léo, o que me deixou muito animada para entregar. Cheguei em casa e Felipe estava na sala assistindo algo.

- Olá, maninho.

- Oi, Day. Que violão é esse?

- Arranjei para ensinar o Léo.

- Entendi. Está com o carro?

- Sim. Quer que eu te leve em algum lugar?

- Não precisa. Pretendo ficar em casa hoje.

- Ok. Cadê o pessoal? - perguntei já que a casa estava vazia.

- O pai foi buscar o Léo na escola e a mãe está em alguma palestra. Vitão estava no seu quarto quando acordei, ele deve estar te esperando.

- Tudo bem, vou subir. Qualquer coisa me chama.

Subi e Vitão estava quase dormindo na minha cama segurando algumas folhas.

- Vai dormir, jovem. - comecei a juntar as folhas.

- Eu queria conversar com você antes.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, só queria saber como foi hoje.

- Foi legal. Acabei falando que já namorei uma menina e por incrível que pareça ela ficou de boa.

- Isso é bom. Ela é bonita?

- Eu nunca fui de curtir ruivas, mas ela realmente é muito bonita.

- Está gostando dela?

- De jeito nenhum, somos bem diferentes e ela não gosta de meninas, mas é uma ótima amiga.

- Eu te conheço Day, você passou a tarde toda fora, se fosse com outra pessoa já teria arranjado uma desculpa para voltar.

- Estava realmente bom lá e consegui o violão do Léo. - levantei a mão mostrando o objeto.

- Legal! Já sabe quando vai voltar lá?

- Vou esperar ela chamar.

- Aposto que vai amanhã mesmo se ela te chamar.

- Com certeza. Somos ótimas amigas e nada mais.

- Fiquei todo iludido pensando que teve beijo. - ouvi barulho da porta no andar de baixo, deveria ser o Léo.

- Vamos descer, depois preciso te contar uma coisa que ficará apenas entre nós dois, ok?

- Ok. Amo quando você me deixa curioso.

Descemos e meu pai parecia estressado e Léo estava chorando.

- O que aconteceu? - perguntei para meu pai.

- Nada. Só estou cansado.

- Sei. Quer alguma ajuda?

- Não, Day. Obrigada.

- Aconteceu alguma coisa na escola, Léo? - perguntei me ajoelhando em sua frente.

- Eu disse que queria fazer balé e todos riram de mim. - falou com os olhos cheios de lágrimas.

- Fala sério! - Felipe revirou os olhos.

- Sem comentários, Felipe! - respirei fundo. - Eles não sabem de nada, Léo. Se você quiser podemos ir agora procurar uma escola de balé. - levantei e vi seus olhos brilharem.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora