Capítulo 11

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Se estiverem com alguma dúvida é só falar, okay?

Pov. Day

Acordei em cima da Carol, não pude conter o sorriso ao me ver naquela situação, apenas nós duas no quarto e praticamente coladas uma na outra.

- Bom dia, baby. - falei assim que ela murmurou algo que não entendi.

- Bom dia. Dormiu bem? - abriu os olhos.

- Melhor impossível. - sorri. - Gostou de ontem?

- Sim, obrigada por tudo. - forçou um sorriso.

- Você não se lembra, não é?

- Lembro sim.

- Então do que você lembra?

- De você me apresentando algumas bebidas como se fosse uma profissional no assunto e da gente sendo pega no flagra pelo meu pai porque estávamos com a boca borrada de batom.

- E não podemos nos esquecer do momento em que você me jogou no sofá e começou a desabotoar minha blusa. - provoquei.

- Eu estava bêbada, desculpa.

- Mas você disse que estava louca para me agarrar desde quando entrei no quarto.

- Vamos comer alguma coisa, estou morrendo de fome. - levantou um pouco irritada.

Fomos até o andar de baixo. Sara não estava lá, era sábado então provavelmente estava de folga, o que me deixava mais tranquila.

- Bom dia, meninas. - Senhor Biazin surgiu na sala.

- Bom dia. - dissemos juntas.

- Gosta de café? - Carol perguntou pegando três xícaras.

- Claro, preto e sem açúcar.

- Você é para casar então. Achei que Carol fosse a única que gostasse de café preto sem açúcar. - seu pai falou rindo. O que ele quis dizer com isso?

- Será que alguém pode pegar um café para mim? - falou apontando para o armário.

- Baixinha. - falei em seu ouvido enquanto pegava o café.

- Day vai passar o dia aqui? - Senhor Biazin perguntou.

- Não, preciso ir trabalhar. Estou sem tocar já faz uns bons dias.

- Posso conversar com você? - ele falou saindo da cozinha e senti um calafrio em todo meu corpo.

- Já volto, baby. - dei um tapa na sua bunda e de reflexo ela me deu um no rosto. - Eu mereci. - falei com a mão na minha bochecha.

- Mereceu mesmo. - falou irritada e voltou a fazer o café.

Fui até a sala e o Senhor Biazin estava colocando uma gravata.

- Está tudo bem? Eu fiz alguma coisa que o Senhor não gostou? - perguntei preocupada.

- Não, muito pelo contrário, estou feliz que esteja aqui e que agora minha filha tem alguém.

- Carol me fez perceber que há muita gente boa por aí que apenas finge que não é, pelo jeito para se proteger.

- Deixa eu te contar uma coisa. Rose, a mãe de Carol, falava que ela sonhava em ser cantora, mas que sua voz era irritante. Uma vez falei que iria sair e acabei esquecendo alguma coisa, quando voltei ela estava cantando lindamente. Aplaudi e ela ficou irritada comigo, como tinha dezesseis anos pensei que era só vergonha, mas eu nunca mais ouvi minha filha cantar.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora