A minha maior riqueza - Dayrol

Capítulo 8

Pov. Carol

Day apareceu na minha casa do nada dizendo que me daria aula de violão. Sinceramente, eu estava com saudades, mas é claro que não vou assumir isso. Agora estamos nós duas no meu quarto tocando violão, ou pelo menos tentado.

- Esse acorde é muito difícil, desisto. - larguei o violão e me sentei na cama já que até então estávamos no chão.

- Podemos tentar outra música. - Day sugeriu.

- Meus dedos já estão doendo e estou cansada.

- Então podemos conversar sobre o beijo? - se sentou ao meu lado.

- Pensando bem, outra música não seria má ideia. - levantei e ela me puxou de volta.

- Vamos conversar, Carol. Por que me beijou?

- Fazia tempo que eu não beijava nenhuma menina então eu simplesmente te beijei. - falei como se não fosse nada e ela apenas assentiu.

- Por que ficou nervosa e se olhando no espelho na primeira vez que vim aqui?

- Sou vaidosa e estava ansiosa para reaprender a tocar, simples.

- Por que chorou depois que me beijou?

- Quantas perguntas, Dayane.

- Apenas responda, Caroline. - falou no mesmo tom de voz.

- Eu não posso voltar a gostar de meninas, cuidei para que isso não acontecesse nos últimos quatro anos.

- Chorou porque sabe que nunca vai ser feliz se continuar desse jeito? Você não é aquela Carol que apareceu hoje na sua sala, parecia mais com uma adolescente rebelde e arrogante, o que todos sabemos que não é.

- Talvez eu seja sim. - a encarei.

- Não a que eu conheço, pelo menos não a que está comigo agora.

- Minha vez. Quem é a Carol que você conhece e que está aqui?

- Sei lá, uma menina doce, muito simpática, passa uma paz ao tocar violão. - notei que ela nem estava se esforçando para falar aquilo.

- Quem você é Day? - perguntei e ela me olhou confusa.

- Sou apenas uma jovem que toca violão e dá aulas particulares de inglês. Sou uma pessoa meio irritante, mas acho que o fato de ser bem família compensa isso pelo menos dentro de casa.

- Seja bem específica, quem é a Day quando está comigo? - perguntei olhando fundo em seus olhos.

- Sinceramente, sou mais irritante do que na maioria das vezes porque adoro ver sua cara de brava e você revirando os olhos toda hora. Sou completamente extrovertida e falante.

- Você é extrovertida e falante com todo mundo, não é?

- Sou, mas por causa do meu jeito irritante acabo afastando as pessoas. - falou um pouco chateada.

- Você só é uma pessoa difícil de suportar, nem sei como consigo.

- Falou a que ficou uma semana sem conversar comigo. - revirou os olhos. - Apesar de você ser chata e reclamar de tudo que falo, fingir que é arrogante, mimada e sei lá mais o quê, eu te acho incrível. Quando fecha os olhos ao tocar seu semblante é calmo e me traz uma paz enorme. Quando manda mensagem eu fico toda boba, até sua mania idiota de colocar ponto em tudo eu suporto. - a encarei. - Mas é claro que além da sua personalidade tem todo esse seu rostinho e cabelo perfeito. - seus olhos brilhavam e ela parecia animada enquanto falava. - Não vou falar do corpo porque sou respeitosa, não que eu já tenha reparado nele. - riu.