A minha maior riqueza - Dayrol

Capítulo 31

Pov. Day

Finalmente chegamos em Goiânia. Arthur e Carol estão morrendo de sono.

- Amor, vem deitar comigo. - Carol pediu sonolenta levando as malas para um dos quartos.

- Vou ligar para Cinthia e confirmar a compra do apartamento.

- Podem ficar o tempo que quiser por aqui. - Arthur falou pegando as malas.

- Obrigada. - sorri olhando em volta. Essa casa consegue ser maior que a da Carol.

- Tem algumas coisas sua lá na sala, não se assuste. - o encarei confuso e fui até lá.

- Meu primeiro violão. - o peguei. - Eu tinha doado para a minha escola de música, como ele conseguiu?

- Ele era diretor na época. Tem mais coisas como fotos da sua formatura, vídeos de você cantando em apresentações e tem um pendrive com alguns covers seus que ele achou pela internet.

- Meu Deus, como assim?

- Já cheguei a ter medo dele por causa dessas coisas, mas depois fui entendendo. - se sentou no grande sofá que havia ali e sentei ao seu lado. - Ele era o melhor homem do mundo, sempre ajudou quem precisava, sonhava tão alto quanto você.

- Arthur, aquela doação anônima...

- Sim, foi ele que pagou a cirurgia do pequeno Léo. - meus olhos ardiam por causa das lágrimas.

- Por que teve que ser assim? Eu sempre vivi naquela droga de família e todos mentiram para mim. - perguntei irritada.

- Infelizmente teve que ser assim, Day. Ele tinha medo que você ficasse irritada com ele, não poderia suportar seu ódio e desprezo.

- Já nos vimos milhares de vezes e justamente em São Paulo, como nunca desconfiei? Era estranho, mas nem sequer medo eu tinha.

- Se acalma, ok? - ele segurou em meu ombro e levantei.

- Vou tomar um ar lá fora.

- Quer que eu chame a Carol ou que eu vá com você? - neguei.

- Quero ficar sozinha. - ele assentiu e apenas saí daquela casa.

Meus irmãos eram as coisas mais importantes para mim. Mesmo depois de tudo eu tentei, mas perdi eles. Porra! Me esforcei por tanto tempo nessa droga de pagar a escola do Felipe, a recuperação do Léo e ajudei tanto Vitão. Enquanto isso nenhum deles teve a coragem de falar a verdade, nem sequer Vitão.

- Dayane? - ouvi Carol me chamar e entrei.

- Fala, baby. Estava lá fora tomando um ar.

- Quer ir para a escola agora ou arrumar as coisas aqui?

- Podemos arrumar tudo aqui hoje. Amanhã temos uma reunião na escola então preciso comprar uma roupa decente.

- Dayane se preocupando em parecer decente. - riu. - Vai chover.

- Realmente, mas quero causar uma boa impressão. - a abracei. - Vamos subir? - ela assentiu e veio logo atrás de mim.

Organizamos tudo no quarto de hóspedes já que vamos ficar por um tempo. Depois fui comprar uma blusa social que Carol fez questão de escolher já que eu estava enrolando muito, mas ficou ótima em mim. Quando cheguei, resolvi dar mais uma volta na casa, é bizarro todo esse sentimento, não sei direito o que sinto.

- No que está pensando? - Carol perguntou entrando no quarto.

- Não quero parecer idiota, mas eu tive tantos dias de lutas que quando chega os dias de glória eu nem sei como tenho que agir.