Capítulo 18

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Pov. Day

Encarei o homem a minha frente que estava com um sorriso simpático no rosto. Estávamos em seu escritório, era uma sala enorme, mas não consegui reparar em nada.

- Diga, menina Lima. O que deseja e por que Carol não pode saber?

- Bom, senhor Biazin. - iria continuar, mas ele me cortou.

- Já disse que é Isaias ou sogro. - piscou dando risada.

- Exatamente sobre isso que quero falar. - ri e ele me olhou confuso. - Carol vai me matar depois, mas sei que já sabe, talvez tenha sido o primeiro a saber. - ele assentiu com um sorriso triunfante. - Eu amo muito a sua filha e queria a sua ajuda para pedir ela em namoro.

- Certo, como pensa em fazer isso?

- Bom, escrevi uma música para ela, falando sobre o fato dela me entender, sabe? Talvez ache exagerado, mas pensei em comprar alianças de namoro. Acha precipitado demais?- perguntei com certo receio.

- Eu esperei a vida toda para ver minha filha com alguém como você. Posso deixar um horário livre na minha agenda para te ajudar a escolher a aliança, mas só se você quiser, claro.

- Não quero atrapalhar seus compromissos.

- De maneira alguma. - pegou uma agenda que já estava aberta em sua mesa. - Hoje mesmo às 15:00 estou livre.

- Carol vai desconfiar, ainda mais que estou conversando com você em particular.

- Você é inteligente, vai conseguir pensar em algo. Hoje às 15:00 combinado?

- Sim, Senhor Biazin. Muito obrigada.

- Respire e não deixe Carol notar seu nervosismo.

- Ok. - assenti saindo de seu escritório e dando de cara com a Carol.

- O café está pronto. - sorriu. Travei na hora, apenas assenti e fui para a cozinha. - Fiz omelete, mas pode ficar tranquila que não é a única coisa que sei fazer. - riu.

- Eu gosto de omelete, principalmente o seu. - forcei um sorriso.

- Sobre o que conversou com meu pai? - perguntou me servindo.

- Eu sei me servir, não sou um bebê - falei um pouco grosseira.

- Bom dia, tem café para mim? - meu futuro sogro falou e Carol assentiu com cara fechada.

- Sobre o que vocês estavam conversando? - eu e Senhor Biazin nos entre olhamos.

- Eu pedi ajuda para conseguir um emprego, ele conhece uma escola de inglês e tenho uma entrevista hoje mesmo. - falei do jeito mais animado possível.

- Tão rápido assim? - arqueou as sobrancelhas.

- Foi, mas acho que não vai dar certo.

- Pensamentos positivos, menina Lima. - ele encarou a Carol por um tempo. - O que é isso no seu pescoço? - Merda!

- Um bicho me picou ontem, não falamos para ele? - perguntou me olhando e fiquei boiando. - Fomos até no hospital ver se era venenoso, mas está tudo bem. - Carol falou toda atrapalhada, ela é uma péssima mentirosa.

- Não sei quem é pior mentindo, meu Deus! - Senhor Biazin falou indignado

- Vou comer, os bebês se quiserem, tem queijo e presunto na geladeira. - Carol falou pegando seu prato e indo até à sala. Ela deve ter ficado chateada porque fui grossa com ela.

- O que aconteceu com ela?

- Acho que fui meio grossa. - levantei. - Vou ver como ela está.

- Come primeiro, menina Lima.

A minha maior riqueza - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora