MATT: Você teve uma concussão, mas parece estar melhorando.
LAURA: Entendo. Obrigado por me dizer.
De repente, meu estômago ronca e eu percebo que estou com muita fome.
MATT: Essa é a minha deixa para cuidar da minha paciente. Vou te trazer comida, está bem? Por favor, descanse um pouco mais.
Estou com muita fome, um pouco de comida cairia muito bem.
LAURA: Maravilha. Só espero não dormir enquanto como. Obrigada.
Matt sai do quarto e, assim que ele vai embora, eu volto a dormir, sem condições de esperar a comida chegar...
Espero que da próxima vez que eu acordar, eu consiga me lembrar de quem eu sou...
No dia seguinte, eu recebo permissão para sair um pouco, sob uma condição... não fazer muito esforço.
Querendo tomar um pouco de ar, eu sento em um banco no jardim do hospital, aproveitando o sol. Isso é bom.
Minha cabeça e meu corpo ainda doem... E eu tenho hematomas no corpo todo. O que exactamente aconteceu comigo?
??: Com licença, senhorita?
LAURA: Sim?
??: Meu nome é detective Daryl, o seu caso foi passado para mim.
LAURA: Meu caso?
DARYL: Estou tentando entender o que houve com você. Acha que está bem o suficiente para responder a algumas perguntas?
Contrataram um detective para me ajudar a descobrir o que aconteceu? Talvez ele já tenha algumas respostas para me dar!
Ainda não me lembro de nada, é tão frustrante...
Eu aceno positivamente e dou espaço no banco para o detective se sentar. Ele se senta ao meu lado, tira um bloco de notas e um lápis do seu casaco.
DARYL: Eu conversei com o seu enfermeiro mais cedo, ele disse que você ainda não se lembra do seu nome ou de onde é.
LAURA: Não, eu não me lembro. Sinto muito.
DARYL: Não precisa se desculpar. Deve ser difícil para você. Nós precisamos arrumar um nome para você, não podemos te chamar de vitima o tempo todo.
Ele está certo, vitima soa bem esquisito.
LAURA: Como você quer me chamar?
Daryl sorri e me entrega o bloco de notas e o lápis.
DARYL: Porque não decide você mesma? Escreva o primeiro nome que vier à sua mente.
Eu penso por um momento... e, então, escrevo um nome no papel.
DARYL: Laura, certo? Está óptimo, faremos dessa forma, por enquanto. Pelo menos até descobrirmos quem realmente você é.
LAURA: Está bem.
DARYL: Eu sei que você não se lembra de nada, mas o que você acha que pode ter acontecido? Há alguma coisa que você possa me contar?
LAURA: Eu... eu não sei o que pensar, na verdade. Matt me contou como eu vim parar ao hospital, mas...
DARYL: Mas?
LAURA: Bom, parece que alguém me atacou. Mas porque alguém faria isso? Eu fiz algo errado?
DARYL: Nós ainda estamos investigando, mas até onde eu sei, você teve sorte.
LAURA: Sorte? Como assim?
A expressão no rosto de Daryl muda.
Ah, não...! Será que ele descobriu algo... horrível?
DARYL: Nós encontramos muitas evidencias no beco, está difícil juntar todas as peças. Mas havia sangue e...
LAURA: E?
DARYL: Uma arma. E muitos buracos de bala na parede do prédio em volta do beco.
LAURA: Uma arma?! T...tiros?! Então por sorte, você quer dizer...
DARYL: Quero dizer que você teve sorte por ter conseguido se safar só com alguns hematomas e uma concussão, você podia ter levado um tiro.