Então... Será que alguém tentou atirar em mim?! Ou eu tentei atirar em alguém?
Ah, se eu pudesse ao menos me lembrar de alguma coisa!
Eu fico pálida. De repente, eu sinto que estou prestes a desmaiar.
Ah, não... Acho que vou desmaiar!
DARYL: Oh, Deus. Sinto muito, foi demais para você? Devo chamar o enfermeiro?
É melhor eu voltar para dentro... Preciso me deitar.
Mas, de repente, eu me sinto muito cansada e sem forças.
LAURA: Tudo bem, acho que só preciso de uma pausa.
DARYL: Eu entendo. Deve ser muita coisa para digerir.
LAURA: É sim, me desculpe por não poder ser mais útil.
Daryl se levanta e estende a sua mão para pegar na minha.
DARYL: Você está muito pálida, vou levá-la para dentro.
Eu me levanto sozinha, querendo recusar a oferta dele. Mas, de repente, meus pés bambeiam e eu tropeço.
DARYL: Ei...! Cuidado aí, mocinha.
Felizmente, Daryl me segurou antes que eu caísse.
DARYL: Vamos lá, vamos buscar algo para beber. Nós ainda não sabemos o que aconteceu, mas você deve estar segura no hospital. Hora de você descansar, Laura.
Eu aceito e deixo Daryl ajudar-me a voltar ao hospital.
LAURA: Obrigada por me ajudar.
DARYL: Faz parte do trabalho, Laura. Amanhã, vamos tentar descobrir o que aconteceu com você.
Eu achei ele muito sério... um tipo muito discreto e focado no trabalho. Mas ele parece ser legal e ter um bom coração. Estou feliz por ele estar cuidando do meu caso...
Depois de uma noite de sono, eu me sinto melhor pela manhã, mas ainda não consigo me lembrar de nada.
Fiquei desaparecida por alguns dias. Será que ninguém está procurando por mim? Isso me deixa triste. Será que eu sou uma pessoa solitária?
Meus pensamentos são interrompidos por alguém batendo na porta.
LAURA: Sim?
Matt entra no quarto com um estranho. É um homem de cabelos pretos e compridos, e com um aspecto bem cuidado. E ele vem trazendo um buquê de flores.
MATT: Laura, esse é o Colin. Foi ele quem encontrou você e a trouxe ao hospital, ele chegou hoje para te ver.
COLIN: Olá. É bom poder te ver finalmente acordada.
Ao ver o homem que provavelmente salvou a minha vida, eu me sento, e então, sorrio para ele.
LAURA: Olá, Colin. Prazer em conhecê-lo. Acho que preciso te agradecer por salvar a minha vida.
MATT: Vou deixá-los a sós. Mas, por favor, não demore muito, ela ainda precisa descansar.
COLIN: Pode deixar.
Colin se senta na cadeira ao lado da minha cama e coloca as flores em um vaso.
Eu deveria agradece-lo melhor, mas talvez eu possa perguntar a ele sobre o dia em que ele me achou.
COLIN: Vejo que tem algumas perguntas.
LAURA: Como você sabe?
COLIN: Seus olhos estão brilhando. Você está curiosa para saber o que aconteceu.
LAURA: É... Sim, eu estou.
COLIN: Então, pergunte. Tentarei ser útil.
LAURA: Bom, primeiramente, eu quero lhe agradecer. Você provavelmente salvou a minha vida e eu não tenho a certeza se algum dia serei capaz de recompensa-lo por isso.
COLIN: Não precisa agradecer, eu não poderia deixá-la jogada ali no meio da rua.
LAURA: A policia me contou um pouco sobre aquela noite e onde eu fui encontrada. Eu estava pensando se você poderia me dizer um pouco mais sobre isso. Tenho certeza que eles já lhe disseram que eu não me lembro de nada.