MATT: Daryl irá nos encontrar na fábrica?
COLIN: Ele já está lá para dar uma olhada. Ele diz que é perto das docas. De acordo com os registos, Knife possui alguns armazéns e fábricas por lá...
LAURA: Então primeiro temos que encontrar em qual ele me levou?
COLIN: Acho que sim. Mas você se lembrou de onde estava depois de ver a foto no noticiário, tenho a certeza de que você irá encontrar.
De repente, o telefone toca e eu o tiro do bolso.
«Ligação ON»
DARYL: Tem certeza de que quer fazer isso?
LAURA: Sim, não se preocupe, eu posso fazer isso.
DARYL: Eu não duvido disso, só não quero que exagere. Você ainda não está bem...
LAURA: Obrigada, vou tentar. Nós estaremos lá em breve, te vejo daqui a pouco.
«Ligação OFF»
Eu coloco o telefone de lado e olho para o tráfego intenso de Nova York do lado de fora através das janelas escuras.
Estou animada e com medo ao mesmo tempo, mas eu preciso ver tudo isso com meus próprios olhos!
COLIN: Ah, chuva forte. Que cenário legal para esse bairro assustador...
Colin estaciona ao lado de Daryl, que está esperando na frente de uma grande porta de ferro.
LAURA: É isso, pessoal, esse é o prédio correcto. Estou ficando arrepiada só de olhar para ele...
Eu pego na minha mochila e corro pela chuva até a entrada o mais rápido que consigo.
DARYL: Laura, espere! Não entre aí! Ainda há...
A cadeira da qual eu me lembro ainda está parada na frente da grande e suja parede. Até as longas correntes que amarravam as minhas mãos estão no chão.
Me sinto mal...
Respire fundo, não há nada a temer... Concentre-se querida. O código ainda está na parede...
MATT: Então, este é o lugar no qual você foi mantida? Nenhuma duvida sobre isso?
Eu coloco a minha mochila na cadeira e olho para a parede.
LAURA: As marcações e símbolos ainda estão lá.
DARYL: Não me entenda mal, Laura, mas você está sorrindo.
COLIN: Sim, parece que é o seu aniversario e Natal ao mesmo tempo. Não me diga que este lugar a deixa feliz.
DARYL: Colin. Cale a boca.
COLIN: O quê? É verdade!
MATT: Eu me sinto horrível apenas por estar aqui.
LAURA: Não é o lugar... São os escritos na parede. Eu não sei explicar, mas...
DARYL: Mas? Você sabe o que eles significam?
LAURA: Não, ainda não. Mas de alguma forma eu sinto que é isso que eu devo fazer. O que eu nasci para fazer... Quebrar códigos, solucionar enigmas. Eu me sinto feliz apenas olhando para isso. Eu não consigo explicar, mas...
MATT: Mas você se sente conectada a isso de alguma maneira?
LAURA: É como se isso quisesse ser compreendido. Como se o enigma quisesse ser solucionado.
O teto do armazém abandonado tem buracos, deixando gotas da chuva entrar. Eu reviro a minha mochila para pegar um caderno e a luz negra.
LAURA: Isso vai demorar um pouco.
DARYL: Então, vamos ficar aqui por quanto tempo?
COLIN: Se aprendi uma coisa nos últimos dias, é que ela é teimosa. Nós vamos ficar aqui enquanto ela disser que precisamos estar aqui.