Capitulo 29

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A garçonete chega à nossa mesa com um olhar confuso no rosto e um telefone na mão.


GARÇONETE: Com licença, senhorita?

LAURA: Sim?

GARÇONETE: Eu não sei porquê, mas alguém está perguntando por você no telefone.

LAURA: Um telefonema? Para mim?!

GARÇONETE: A pessoa diz para passar o telefone para a jovem na companhia de outros três jovens. Você quer atender a ligação? Eu poderia simplesmente desligar, isso parece um pouco suspeito.


Antes que qualquer um dos meus amigos consiga pegar o telefone, eu o seguro o ponho no ouvido.


«Ligação ON»

LAURA: Quem é? Como você sabe onde eu estou?

??: Que rude... Isso é jeito de falar com o seu professor?!

«Ligação OFF»


A voz no telefone subitamente dispara imagens no meu cérebro. Eu... já falei com este homem antes... Estávamos sentados em um jardim japonês, com flores de cerejeira ao nosso redor, bebendo chá... Ele me deu enigmas para decifrar, quebra cabeças para organizar...


«Ligação ON»

LAURA: Eu... Eu conheço você. Eu conheço a sua voz...

PROFESSOR: Fiquei sabendo que você está em uma situação complicada. E você parece ter perdido a sua memória, isso é verdade? É por isso que você não me contactou?

LAURA: Como você sabe onde eu estou?

PROFESSOR: Aqueles que a procuram não são as únicas pessoas que têm negócios com você, minha querida. Cheguei em Nova York, mas não posso lhe dizer onde estou. A linha telefónica não é segura.

LAURA: Mas como eu posso encontra-lo?

PROFESSOR: Como você sempre me encontrou, minha querida. Eu vou dizer a minha localização em uma enigma. Se você resolvê-lo, irá me encontrar.

«Ligação OFF»


A ligação é cortada e eu ouço um som de bipe.


LAURA: Espere! Não desligue!

COLIN: Ceeeeerto... Então agora mais essa...

DARYL: Deixe-me ver se entendi... Alguém que você conhece milagrosamente ligou para o restaurante em que estamos e falou com você?

MATT: Estou com um mau pressentimento.

COLIN: Laura, uma explicação, talvez?


O som de uma mensagem de texto ecoa no restaurante silencioso. Eu dou uma olhada no enigma e sorrio, voltando-me para a garçonete.


LAURA: Eu explicarei no caminho, pessoal. Sinto muito pelo inconveniente, senhorita. Você poderia me emprestar uma caneta e um pedaço de papel?


Mais tarde...


DARYL: Eu vou perder o meu emprego.

COLIN: Ora, ninguém precisa saber.

DARYL: Nós roubamos um carro! Isso é crime!

MATT: Ele tem um monte de multas.

LAURA: Parecia abandonado, se isso serve de consolo.

MATT: Não é nossa culpa que o proprietário não cuida do seu carro.

DARYL: Gente, esse não é o ponto...

LAURA: Colin! Vire na próxima à direita!

COLIN: Entendi, princesa.


A resposta para o enigma era tão simples que ele foi resolvido em minutos.


DARYL: Como você resolveu esse enigma? Tudo o que eu vi foi um poema estranho que não fazia sentido...

LAURA: Foi escrito para não fazer sentido. Para descobrir para onde ir, eu tinha que ler cada terceira palavra em vez de todo o poema... No mais, restava encontrar um lugar que batesse com a descrição...

DARYL: Ainda não consigo ver.

LAURA: Bem, há também uma contagem de letras para obter as coordenadas correctas, mas isso foi brincadeira de criança...

DARYL: Se você diz...

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