DARYL: A má noticia é que algumas pessoas más, e eu digo muito más, apareceram há algumas horas atrás para destruir o seu quarto de hotel. Parece que você estava fugindo.
É como se eu estivesse ouvindo a história de vida de outra pessoa. Porque eu estaria fugindo?
Me sinto horrível, meu corpo ainda está tão fraco... E nada dessa historia faz sentido para mim...
LAURA: E você acha que se eles encontraram meu quarto de hotel...
DARYL: Se eles encontraram seu quarto de hotel, eles também irão encontrar seu quarto de hospital.
Eu estou prestes a responder, quando a porta se abre de repente e as luzes são acesas. Daryl se coloca na minha frente para me proteger.
Ele está prestes a sacar a sua arma, mas pára no momento em que vê quem entrou no quarto.
MATT: Detective Daryl! Que diabos você está fazendo aqui? Já é madrugada!
DARYL: Eu poderia perguntar-lhe a mesma coisa.
MATT: Eu trabalho aqui. Hoje estou no turno da noite. Eu vim acordá-la, Laura.
LAURA: Me acordar? Porquê?
MATT: É meio estranho, mas há dois homens na recepção, dizendo que estão procurando por você há dias. Eles dizem que são seus irmãos?
Antes que eu pudesse responder, Daryl pega o telefone e o mostra para o Matt.
DARYL: São estes os homens, por acaso?
MATT: Sim! Como você...?
Daryl pega na minha mão e me puxa até a porta enquanto explica.
DARYL: Esses dois são muitas coisas, mas certamente não são boas noticias. Eles têm ficha criminal, que é actualizada quase que diariamente.
Caramba... Quem imaginaria que Matt pudesse ter uma expressão de raiva naquele rosto tão doce?
MATT: Eu entendo... Neste caso, a reunião de família não é aconselhável. Vá para a esquerda e pegue a escada de emergência, eu irei distrai-los enquanto puder.
LAURA: Por favor, tenha cuidado!
MATT: Não se preocupe, eu terei. Agora, saia logo daqui.
DARYL: Enviarei meu e-mail para você mais tarde, Laura ainda precisará dos seus cuidados médicos.
MATT: Entendido.
Matt se apressa.
DARYL: Você confia em mim?
Eu mal o conheço... Mas que outra escolha eu tenho? Eu preciso arriscar e acreditar que ele esteja me dizendo a verdade.
LAURA: Vamos.
Uma hora depois, eu estou tomando um banho quente e relaxante no apartamento do detective Daryl.
São quatro da manhã e três homens estranhos estão discutindo no quarto ao lado, enquanto eu tomo banho. Espero que esteja segura aqui, pelo menos por enquanto.
Mas porque estes três homens estão aqui?
Enquanto os três estranhos discutem, eu organizo os meus pensamentos. Queria poder me lembrar de alguma coisa!
Porque tem alguém tentando me sequestrar, ou pior, me matar? Acho que a única opção que tenho é confiar nestes três homens lá fora e tentar recuperar a minha memória.
Depois de me vestir, eu volto para a sala de estar bem nervosa. Daryl, Matt e Colin sentam-se em volta da mesa e discutem o que farão a seguir.
DARYL: Ah, ei! Sentindo-se melhor?
LAURA: Sim... Obrigada por me deixar usar o seu chuveiro.
DARYL: Não precisa me agradecer.
Eu me sento no sofá e Matt me oferece uma xícara de chá.
LAURA: Obrigada, Matt.
MATT: Ainda sente alguma dor? Precisa que eu dê uma olhada nas suas lesões?
Eu balanço a cabeça negativamente.
