Um impasse

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POV WILL

Meus olhos abriram para uma brilhante, luz branca. Eu estava em um quarto que não me era familiar, um quarto branco. A parede perto de mim estava coberta por longas venezianas verticais; acima da minha cabeça, as ofuscantes luzes me cegaram. Eu estava apoiado em uma dura, irregular cama - uma cama com grades. O travesseiro era liso e grumoso. Havia um irritante som de bip vindo de algum lugar. Eu tinha esperanças de que significasse que eu ainda estava vivo. A morte não devia ser tão desconfortável. Minhas mãos estavam completamente deformadas com tubos claros, e alguma coisa estava amarrada cruzando meu rosto, embaixo do meu nariz. Eu levantei minha mão para tirar aquilo.

- Não, não faça. - E dedos frios alcançaram minha mão.

- Nico? - Eu virei minha cabeça vagarozamente, e seu delicado rosto estava apenas à uma polegada do meu, seu queixo apoiado na beira da minha grade. Eu percebi que eu estava vivo, dessa vez com agradecimento e sublimidade. - Oh, Nico. Eu sinto muito

- Shhhh - ele me silenciou. - Tudo está bem agora.

- O que aconteceu? - Eu não conseguia lembrar perfeitamente, e minha mente se rebelava contra mim enquanto eu tentava relembrar.

- Eu quase cheguei tarde demais. Eu podia ter chegado tarde demais - ele sussurrou, sua voz atormentada.

- Eu fui tão estúpido, Nico. Eu achei que ela estava com minha mãe.

- Ela enganou a todos nós.

- Eu tenho que ligar para Apolo e para minha mãe - Eu percebi pela neblina.

- Percy ligou para eles. Sua mãe está aqui, bem, aqui no hospital. Ela está comendo alguma coisa nesse momento.

- Ela está aqui? - Eu tentei sentar, mas o giro da minha cabeça ficou mais rápido, e sua mão me empurrou gentilmente para o travasseiro..

- Ela vai estar de volta logo - ele prometeu. - E você tem que ficar tranquilo.

- Mas o que você disse a ela? - Eu entrei em pânico. Eu não queria ficar tranquilo. Minha mãe estava lá e eu estava me recuperando do ataque de uma vampira. - Porque você disse a ela que eu estou aqui?

- Você caiu por dois andares de uma escada e atrevessou uma janela. - Ele pausou. - Você tem que admitir, isso podia ter acontecido.

Eu suspirei, e isso doeu. Eu olhei para baixo para meu corpo embaixo do lençol, para o grande bloco que era minha perna.  

- O quão mal eu estou? - Eu perguntei.

- Você tem uma perna quebrada, quatro costelas quebradas, algumas fendas em seus ossos, machas roxas cobrindo cada polegada de seu corpo, e você perdeu um monte de sangue. Eles fizeram algumas transfusões em você. Eu não gostei disso, isso fez você cheirar completamente diferente por um tempo.

- Isso deve ter sido uma boa mudança pra você.

- Não, eu gosto de como você cheira.

- Como você fez isso? - Eu perguntei calmamente. Ele soube o que eu quis dizer de primeira.

- Eu não tenho certeza. - Ele olhou pra longe dos meus olhos curiosos, levantando minha mão enfaixada da cama e segurando gentilmente com a dele, cuidadoso em não romper o fio que me conectava aos monitores. Eu esperei pacientemente pelo resto. Ele continuou sem responder a minha contemplação. - Era impossível... parar - ele sussurrou. - Impossível. Mas eu fiz. - Ele olhou pra cima finalmente, com um meio sorriso. - Eu tenho que te amar.

- Eu não tenho um gosto tão bom quanto o cheiro? - Eu sorri em resposta. Aquilo machucou meu rosto.

- Até melhor, melhor do que eu imaginava.

More than I imagined -Solangelo -twilightOnde histórias criam vida. Descubra agora