Nas Patas do Destino 2 -Duas almas um coração

Diversão em outro nível

Kelly

- Meu Deus Cameron você é maluco?!- eu gritei.

- Relaxa maninha, estou bem não é?- ele sorriu me fazendo ficar com raiva...

Vou explicar, tudo começou hoje de manhã quando estavamos carregados de tédio.
Nossos pais tinham ido treunar jovens lobos e deixaram tio Nick cuidando da alcatéia, Sam e Sandy estavam em uma caçada, e nós estavamos aqui sem idéia do que fazer, de repente ele levantou sorrindo o que me deixou confusa, ele começou a andar até a floresta, então parrou e se virou para mim:

- Vamos?- ele chamou- tenho uma idéia. ele disse sorrindo.
Mas não era um sorriso comum, eu conhecia muito bem aquele sorriso e da última vez que o vi nós ficamos presos num buraco por três horas. Eu o segui ainda hesitante até a floresta, andamos para alem do território e eu ja estava ficando preocupada, "só Cameron para me tirar do território" pensei enquanto andava ao lado dele.

De repente ele parou e abaixou se escondendo atrás de um arbusto, fiz o mesmo e vi que ele observava algo, segui seu olhar e me deparei com um homem e tres cães, Ah não, não, não, não.
Olhei para ele quase expludindo e ele ao perceber meu olhar virou- se pra mim, mas não disse nada então eu disse:

- Você não vai fazer isso vai?

- Calma mana, o que pode dar errado- ele disse sorrindo e começou a ir em frente.

O que pode dar errado!

É uma frase que nunca, nunca deve ser dita em voz alta, eu e ele sabiamos de todas as experiências que tivemos por causa dessa maldita frase, e o gênio do meu irmão acabou de dizer com a maior confiança do mundo como se nada realmente não fosse dar errado. Não me entenda mal, eu não sou pessimista mas é que conheço ele bem o suficiente para saber que concerteza alguma coisa iria dar errado.

Ele ficou a uma distância consideraval do homem que estava parado enquanto dois cachorros farejavam o chão provavelmente sentindo o cheiro de Cameron, e o outro estava alerta.

Cameron se preparou e do nada pulou bem na frente deles e começou a correr, os cães logo foram atrás seguidos pelo homem o nome de algum dos cães, mas eu estava prestando atenção no maluco que chamo de irmão. Ele corria olhando para tras algumas vezes, o cachorro que estava na frente dois outros estava alcançando Cameron e começou a tentar derrubalo, depois de ser empurrado duas vezes ele se irritou e pulou no cachorro, mas logo depois continuou correndo deixando o cão pra tras.
De repente o homem surgiu na frente dele apontando uma arma, em um ato de desespero sai do esconderijo, o homem me viu e apontou para mim por eu estar parada, apenas vi minha vida passando de ante dos meus olhos, então avistei Cameron pular no homem e eu rapidamente voltei para onde estava antes dos cachorros me virem. Um deles puxou meu irmão pelo rabo fazendo ele soltar um gemido que me fez abaixar as orelhas, os outros dois começaram a atacar ele para o enfraquecer, eu ja ia ajudar mas ele negou com a cabeça em minha direção, então fiquei "não acredito que obedeci ele" pensei.
Cameron ja fraco e cansado foi derrubado e meu coração disparou, mas eu quase cai no chão vendo o homem apontar a arma para meu irmão. meu irmão idiota que achou que nada de mal podia acontece.
O homem estava prestes a puxar o gatilho quando uma voz gritou " Pare Ben, pare", era uma mulher acompanhada de uma cachorra, a mulher segurou a arma do homem que pelo visto se chamava Ben; depois de discutirem ela mandou os cães saírem e eles obeceram, ela estendeu a mão para ele que farejou e mesmo não gostando de nenhum tipo de humano ele deixou ela passar a mão em sua orelha, ele levantou e veio em minha direção, mas notei que ele tinha dado um sorriso para a tal cachorra, que desviou o olhar para o chão.
Antes de sairmos dali ouvimos a mesma mulher dizer "Muito bem, Gisele", olhei para Cameron que estava sorrindo não sei porque.
Nos afastamos o suficiente deles, quando ja estávamos seguros me virei para ele e comecei a dar uma bronca nele.

E aqui estamos nós.

Ele estava bem calmo considerando que quase morreu a poucos minutos atrás, só não morreu graças a mulher e a...cachorra. Será que é a mesma cachorra que ele salvou?
Meus pensamentos foram interrompidos por ele que ainda estava calmo:

- Você realmente não acha que foi divertido?

- Pelo amor de Deus!- ele ria- só pra quem acha a morte divertida.

- Nossa Kelly, não foi tão ruim.

Não foi tão ruim? Não acredito que ele disse isso, posso matar ele?
Realmente ele ta merecendo.

- Você conhece aquela cachorra?- perguntei tentando mudar de assunto antes que matasse ele.

- Sim, é aquela que salvei e pelo visto o nome dela é Gisele.

- Por que sorriu pra ela?- ele parou e pensou na pergunta antes de responder.

- Sou educado.

- Sua educação nunca deu sorrisos para estranhos, muito menos cachorros.

- Só porque você não gosta de cães, não quer dizer que eu também não goste- ele disse andando na minha frente.

- Espera, gosta dela?- perguntei surpresa.

- Claro que não!- ele virou pra mim rápido- apenas não tenho problemas com cães.

- Sei, você pode não ter mas eles tem, tanto que quase te mataram- eu disse agora andando ao lado dele.

- Só não conte pros nossos pais tá- ele olhou para mim e viu que eu estava em dúvida.
Ele deitou nas minhas patas de barriga para cima, eu apenas comecei a rir, não sei porque mas aquilo sempre me convence.
- Por favor maninha- ele pediu de novo.

- Esta bem, eu não conto- eu disse, até porque se eu contasse eu também me daria mal.
Ele voltou a ficar em pé sorrindo para mim, com aquele sorriso que me dar medo.

- Me pega se puder!- ele disse que começou a correr, eu não resisto uma corrida e ele sabe disso.

- Preparasse para perder!- eu gritei para ele e comecei a correr