Capitulo II

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Droga! Ela desligou, o que houve??

-

Corri para o hospital, quero ver minha avó, o mais rápido possível.

Fui para o ponto de taxi, o taxista é estranho... Fica me olhando de um jeito... Chega a me dar medo!

-E aí, gatinha?? Vai pro hospital mermo? - Disse ele, com um palito de dente do lado esquerdo da boca, que quando não falava, mastigava.

-Sim, por favor, ande rápido. - Me encolhi no banco de trás.

Ele soltou uma risada, olhou pra minhas pernas, andou um pouco e disse:

-Vou te levar pra um motel, delicia.

-O que?? - Gritei

-"Vamo" pro motel, "vamo" brincar de fazer neném.- Disse rindo.

Eu fiquei paralisada, tentei abrir a porta, tarde demais... Ele trancou-me naquele carro com vidros escuros.

-Por favor, meus pais estão no hospital, em coma, minha avó está no mesmo hospital passando mal, moço, por favor, me deixa ir embora! Pode me deixar aqui mesmo.

-Vamos ser rápidos, com esse corpinho, meu bem... Boto pra foder.

Eu estava chorando, tentei pegar meu celular, mas não deu certo... Na pressa deixei em casa, DROGA!

-Moço, por favor... - Chorava de soluçar.

-Cala a boca! - Gritou

Me calei, poderia acontecer algo pior... tenho que acreditar que tudo vai acabar bem.

Ele parou o carro, já estava escuro, não sei que horas são... Meu Deus, me ajude!

Ele saiu do carro, a cada instante que passa eu fico mais tensa. Fechei os olhos... Respirei... Voltei a realidade, isso não pode estar acontecendo! Eu não quero fazer sexo com esse porco nojento! Esse velho tarado... Que no...

Tudo escureceu.

Uma pancada na cabeça me fez perder os sentidos... Fiz uma viajem no tempo, como eu era feliz quando era menor, sem problemas, junto com a Sun, minha melhor amiga... Como será que ela está?

Meus olhos começam a abrir... Aí... Que dor de cabeça!

-É melhor você ficar quietinha...

Não acredito, ele é mesmo real, ele me sequestrou!!

-A-A minha avó... E-Ela tá... -desmaiei, não aguentei a indelicadeza que ele colocava seu membro em mim.

Outro apagão.

Acordo tossindo... Está frio aqui... Onde eu tô?? Por que isso ta acontecendo?? E meus avós??

Eu estou preocupada, não comigo, mas com meus avós... Aí meu Deus, eu tô sangrando... Vi o sangue em minhas mãos, mas não sei de onde vem... Achei... Da minha genitália. MERDA! Ele abusou de mim enquanto eu dormia, sentia uma forte dor naquela região. Choro, me sinto suja e olho ao redor... Está tudo escuro, sei onde estou! É a praça onde me encontrei com Nando mais cedo... Tento me levantar, tentativa falha. Minhas costas doem, o que será que aconteceu? Ele me estuprou, mas estou toda machucada!

-Nando?? - O vi passar do outro lado da rua.

Ele correu até mim e me pegou no colo.

-Vou te levar pra casa. Soube que sua avó passou mal, mas já está em casa, né?

-Eu não sei...

-Sky, você está menstruada?? Por que está assim??

-Um cara me estuprou, não sei o que aconteceu. -Chorei é encostei minha cabeça em seu peito magro.

Não lembro mais de nada.

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Abri os olhos lentamente, havia um falatório, luzes fortes e choro... Parecia o inferno, ou sei lá o que.

Estou em uma cadeira de rodas, sinto dificuldade ao me locomover, mas vejo que estou limpa, todos os vestígios daquele homem velho e nojento, saíram do meu corpo.

Ouço uma voz conhecida... Me esforço pra lembrar, de quem será essa voz?? Sim! Nando! Ele ainda estava comigo... Que lindinho, esse é mesmo meu amigo.

-Por favor, atendam-a ela está precisando! -me virei para ver com quem ele falava, era com o médico, ou enfermeiro, nunca sei.

-Nando... Lindo... E-eu estou b-bem. -Estava fraca, só isso.

-Ela precisa fazer exames, não sei o que houve ao certo, ela disse que um cara abusou dela.

-É verdade... Eu preciso de exames de doenças e tudo mais, fora um sangramento, não sei de onde ou como está minha área... É... Intima.- Eu disse.

-Você está sentada pois tivemos que operar, você estava com um corte enorme em uma área, em sua genitália.- Disse o médico alto e magro, que carregava um crachá escrito "Felix Jr."

Aquele homem acabou comigo! Sem perceber, mais uma vez chorava, então Nando veio me beijar, na testa e me dar carinho.

Ele estava sendo muito cavalheiro.

Mas, eu ainda chorava, por aquele imbecil ter feito isso comigo.

Sky (2/2)Onde histórias criam vida. Descubra agora