Capítulo XVII Entre cortes e amores.

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-porque...
-

-Porque eu quero você só pra mim! Eu te amo, Anninha! Você é minha super poderosa! Minha perfeita! Você é minha gata, minha sina, meu tudo!! Eu não sou nada sem você.

-Foda-se! Eu quero ir embora! Eu não te quero! Eu pertenço ao Fernando! -Gritei.

Não... Espera... Olha o que eu falei. "Eu pertenço ao Fernando" .... Caralho..... Mas que merda!! Annanda apaixonada. Achava impossível, até o momento.

-Fernando?? Nandinho? Aquele bosta? Eu já cuidei dele.

-Cuidou porra nenhuma, Afonso! Pelo amor de Deus, tá mentindo agora também?

-Eu dei um jeito nele.

-Ele está viajando, Afonso, vai se foder.

-Tá bem!! Eu não dei um jeito nele. Nem sei onde esse babaca está! Mas quando ele voltar, ele vai ver só a confusão que arrumou. Ninguém rouba a minha Anninha não.

Um raio barulhento e uma chuva forte desceram do lado de fora da casa de Afonso.
Eu esqueci de dizer que fui parar lá, não é?
Pois bem, não sei como vim parar aqui, mas estou aqui.
Nada mudou desde a última vez que eu fui a alguma casa dele. Ele sempre troca de casa, mas a decoração é sempre a mesma, piso de madeira, ventilador de teto branco, abajur numa mesa ao lado do sofá roxo, de três lugares e duas poltronas coloridas, há ainda muitas coisas e detalhes em sua sala, como a coleção de bonecas de porcelana de sua avó, que faleceu e deixou para ele... meio estranho, mas amor não se discute.
Em falar em observação, agora que olhei de verdade para seu rosto... Afonso ficou com as marcas de minha unha na face, tinha arranhado por todos os lados, marcas e inchaço também.

-Minha gracinha, o que está pensando?

-Não te interessa não, babaca.

-Você está na minha casa, você vai seguir minhas regras.

-Eu não estou aqui porque quero.

-FO. DA. SE.

-Afonso, eu posso estar sozinha, fraca, indefesa e meio bobona, mas não justifica você me tratar assim! Não sou nada sua! Eu te odeio!!!

-Você é pra sempre minha. - ele levantou, levou a mão até o bolso traseiro de sua bermuda, pegou uma faca e ameaçou cortar meu rosto. Ele apertava com força enquanto olhava em meus olhos.

-Eu não sou sua. Nunca serei.

Ele cortou meu rosto. Inicialmente não doeu... Depois começou a arder.
Eu não reagi, estava com as mãos atadas. Ele me prendeu e eu também não havia reparado.
Mas que droga!

-Minha delícia, você é tipo um sonho! Um sonho que nunca acaba.

-Pode acordar já. O sonho quer ir embora, já acabou!

-Quer mais um corte??

-Se for preciso.

Assim ele fez, cortou mais uma vez meu rosto.

-Me obedece, se não, vai ter a cara fatiada.

-Você acha que me importo?? Eu só quero ir embora.

-Você não vai. Não adianta!!

-Beleza, tô com fome, vai me dar algo pra comer?

-Isso é um sequestro, ta achando que tá de passeio?

-Ué... Você não me ama?

-Amo. Mas você tem que sofrer que nem eu sofro.

-Vai nessa.

-Hey, honey, você é tão linda! Para de ser rebelde.

-Quero beber algo.

-Tem sangue escorrendo ai. Você não tá de férias não.

-Eu beber sangue? Você me trouxe aqui pra beber SANGUE?? Ah, Please, Afonso!

-Tá chata pra caralho já. Vou colocar você no quarto surpresa, tranquilo?

-Tanto faz.

-Antes, quero te dar um presente. -Ele pegou a faca e cortou novamente meu rosto. Sinceramente?? Não estou sentindo dor.

-Tá, já chega, me leva pro quarto cheio de viadagem lá.

Então ele apertou em um botão de um controle qualquer é uma sala se revelou por detrás da TV e uma sala branca com uma cama e um frigobar.
Ele me jogou lá e fechou a passagem.

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*Vick*

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