Capítulo 1

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Onze meses atrás...



Márcio

Márcio: Que piada de mau gosto é essa? - na minha frente estava uma mulher que lembrava vagamente, segurando um maldito exame que acabava de destruir minha vida. - Fala porra!

Ana: Não é piada. - sua voz saiu trêmula pelo choro que ameaçava jorrar. - Não sei como isso foi acontecer.

Márcio: Isso não pode ser verdade! Quanto você quer? É dinheiro, não é? - não deixei nem que ela respondesse - Claro que é. Deve ter lido meu nome em alguma lugar e sabe muito bem que dinheiro não seria problema pra mim. - peguei o talão de cheques para pagar logo.

Ana: Eu não quero o seu dinheiro! - a vadia se fez de ofendida. - Eu não posso provar agora, mas daqui a seis meses não vai ser problema nenhum mostrar que você é o pai dessa criança. - passou a mão na barriga e só agora percebi que já dava para notar sua gravidez.

Márcio: Deve ter dado para tantos e resolveu pegar o trouxa aqui pra assumir. - senti o tapa certeiro em minha face e tive que me controlar para não revidar. Nunca fui um cara violento, principalmente com mulher, mas não era de ferro para aguentar que uma vadia, saída não sei de que puteiro, batesse em mim. - Só não devolvo a gentileza, por consideração a essa criança. - trinquei os dentes me aproximando - Mas não abusa da sorte.

Ana: Você vai registrar essa criança, nem que eu tenha que ir até o inferno pra isso! - a vadia tinha feito escola no puteiro de onde saiu. Logo iria querer esvaziar meus bolsos e isso eu não iria permitir. - Ela não vai precisar do seu maldito dinheiro, seu escroto! Mas o seu nome vai constar na certidão dela. Pode apostar!

Márcio: Isso é o que vamos ver! - já ia tirar aquela vadia do meu escritório quando um furacão chamado Rafael Porto, também conhecido como meu pai, entrou.

Rafael: Que gritaria é essa que está dando pra ouvir até da Lua? - agora o circo estava armado.

Ana: Quem é esse? - olhou para meu pai

Rafael: Esse é o dono desse picadeiro onde vocês estão dando o show. Pode me explicar o que está acontecendo aqui, Márcio?

Ana: Eu posso! - a vadia nem deixou que eu falasse. De certo sua mente processou que seria mais vantajoso dizer que o filho era do meu pai, já que ele era o dono de tudo. Então começou a despejar os detalhes . Faltou somente dizer quantas vezes eu a tinha fodido. Meu pai ouviu tudo em silêncio e isso não era um bom sinal. Geralmente ele questionava o que ouvia.

Rafael: Ele vai arcar com as consequências dos atos. - decretou sem nem me consultar.

Márcio: Esse filho nem... - fui interrompido como se fosse uma criança tola.

Rafael: Filho meu não deixa uma criança a mercê da sorte. Até que ela nasça, você terá tudo e Márcio ficará encarregado que não falte nada. Depois cuidaremos do DNA. pelo visto não aprendeu que a camisinha serve também para evitar uma gravidez.

E assim começou o meu martírio...


Dias atuais.


Meu corpo estava moído. Há quase cinco meses eu alternava minhas noites entre a cadeira e ficar andando de um lado para outro. A cada segundo eu amaldiçoava aquela mentirosa. Como pude ser tolo? Era apenas um nome em um papel que ela disse querer e agora eu estava com um bebê nos braços e alheio a minha própria vida.

Aprendendo a AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora