Capítulo 36

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Pérola



Mesmo contra nossa vontade nos levantamos da cama naquela manhã. Márcio não parou de olhar para o anel que eu agora carregava no dedo. Seu sorriso bobo era engraçado, porque para mim era somente um anel. O meu coração já era dele. Eu já era dele antes mesmo de saber. Então embora significasse um símbolo de compromisso, eu já tinha assumido isso há muito tempo sem que fosse preciso ter um anel no dedo para comprovar isso.

Pérola: Estava pensando em chamar a Valéria para sair um pouco. - falei vendo meu amor colocar a camisa. Márcio é extremamente lindo e sedutor, mas quando está vestido no modo empresário fodão... - Podíamos ir ao cinema ou mesmo só ficar olhando vitrines.

Márcio: Faz isso, amor. - acabava de dobrar a manga da camisa. - Ela está precisando desse tipo de distração.

Pérola: Posso falar com a Roberta para que ela ajude a babá com as crianças.

Márcio: Por falar nisso... - sei que ouviria alguma das suas. - Pensei em contratarmos mais alguém. São duas crianças agora e ajuda é sempre bem vinda. Também já está na hora de voltar para a faculdade. Sei que é seu grande sonho e que teve que interromper, mas agora não há mais motivos para adiar.

Pérola: Não precisa. Também quero retornar, mas quando estiver segura que é a hora. - falei indo para perto dele e cheirando seu pescoço. - Gosto de cuidar dos meus filhos. - Márcio se virou e vi em seus olhos uma emoção que não consegui identificar.

Márcio: Repete...

Pérola: Não precisa...

Márcio: Essa parte não. Repete que gosta de cuidar dos seus filhos.- passou as mãos por minha cintura nos aproximando mais.

Pérola: Eles são meus filhos.Aliás, nossos!  No meu coração não há nenhuma diferença. 

Márcio: Você é uma mulher especial, Pérola.

Pérola: Não sou não. Eu apenas retribuo o que recebo de Clara: amor.

Márcio: Só de Clara?

Pérola: Claro que não, Lobinho carente. - o beijei e Márcio intensificou o beijo. Já estávamos a ponto de voltar para cama quando batidas na porta nos interromperam.

Márcio; Quem será a empata foda? - ri batendo em seu braço. - Ai! - Valéria entrou e sabia que estava curiosa em saber sobre a surpresa. Ela tinha ajudado o filho em tudo. Merecia saber. Claro que os detalhes mais picantes eu pularia. Apesar de não duvidar que ela tenha escutado meus gritos e nossos gemidos na noite passada. Márcio precisava providenciar o isolamento acústico desse quarto o mais rápido possível.

Valéria: Não queria atrapalhar. - sorriu sem graça. - Mas seu pai não para de ligar. Ele disse que você não atende o celular.

Márcio: Ele deveria ter entendido que não estava ansioso para falar com ele. - bufou - Será que não pode esperar que eu chegue ao escritório?

Pérola: Vai, amor. Você já está mesmo atrasado. - não queria comprar uma briga com meu querido sogro naquele momento tão feliz da minha vida. Com certeza iria alegar que eu estava atrapalhando os negócios.

Nos despedimos e aproveitei para fazer o convite a Valéria. Ela aceitou na hora e expressou sua vontade em assistir um filme que estava em cartaz no shopping perto daqui. Iríamos almoçar por lá e depois faríamos umas comprinhas para as crianças. 

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