Oiee galerinha... Como estão?
Boa leitura ❤❤
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● Mansão Methanan ●
Cheguei da universidade e logo fui para meu quarto. Comer algo até passou pela minha cabeça, mas não estava com muito apetite. Aquele dia tinha sido tão chato, mas nada de muito diferente dos outros dia. Para mim, eram sempre iguais. Tedioso e cheio de pessoas vazias. Nunca sentia vontade de conhecer, conversar ou simplesmente olhar para a cara delas.
O único com quem me sinto a vontade, é o Pete. Nos conhecemos desde a infância e quando olho em seus olhos sinto sinceridade e um verdadeiro amigo, além de sermos da mesma condição econômica.
Não que essa condição tivesse algo a ver com a nossa amizade, mas assim eu sabia que desde o início, ele não havia se aproximado de mim por dinheiro.
Talvez o Pete não saiba, porque não demonstro. Mas, eu o considero demais e tenho muito carinho por ele. Me irritava ele ser tão submisso e ingênuo, facilmente manipulável. Porém, eu sabia que essa vulnerabilidade era um reflexo do seu sofrimento. Ele sofria e se sentia sozinho, como eu.
Éramos tão diferentes. Após ser usado, manipulado, rejeitado e enganado. Eu não conseguia mais sentir empatia pelas pessoas. Me tornei um cara frio, duro, rancoroso, cheio de cicatrizes e quebrado.
Mas, o Pete apesar de tudo, não se deixou abalar pela crueldade do mundo e das pessoas. Se manteve cada vez mais gentil, doce, uma pessoa boa. Por isso, eu fazia tanta questão da nossa amizade. E eu sempre vou admirar isso nele.
Eu nunca perguntei, mas sabia que ele sentia muita falta do pai. Como eu da minha família. Por isso, ele carregava o relógio que seu pai havia lhe dado sempre com ele. Mesmo apesar de poder comprar qualquer outro relógio, ele sempre usava o mesmo. Para suprir a falta que seu pai lhe fazia. Embora, ele nunca tivesse me dito nada. Eu sabia. Sabia porque o Pete era como eu.
Sento na cama, fecho os olhos e por um momento lembro de tudo que já havia me acontecido. Admito, que sempre fui uma criança muito mimada e um pouco cruel. Mas ainda assim, inocente e patético. Que sempre, acreditava nas pessoas. Não tive ninguém que fosse meu professor, que me ensinasse a ser melhor. Juro, nunca mais vou ser daquele jeito.
Como as pessoas podem se aproximar de você querendo algo em troca? Te enganar e manipular apenas por dinheiro, por interesse? Por que elas não podem ser verdadeiras?
Relembrar e remoer tudo não ia ajudar em nada, mas eu sempre o fazia e acho que é por isso que fiquei tão amargurado. Pensar e pensar nas coisas ruins da sua vida que não tem voltael e nos arrependimentos, te deixa amargo e frustrado.
Solto um longo suspiro...Tomo uma ducha quente para relaxar, esvazio a mente e decido ir dormir um pouco mais cedo do que o habitual. Dormir... sempre é o melhor.
Dia seguinte...
- Ahhh mas que inferno! Foi a droga de um pesadelo de novo! - Dou um pulo e percebo que estou derretendo de suor. A cama está ensopada. Não acredito, parecia tão real! Eu estava passando por tudo aquilo de novo, e de novo e nunca acabava.
Estava encurralado e sozinho, minha voz não saía e no final Tul me disse que eu não merecia o amor de ninguém, que ficaria sozinho para sempre. E mais do que isso, acredito nele.
"Tin, nunca ninguém vai amar você. Ficará sozinho para sempre!"
- Maldito! Até em meus sonhos ele me perturba. -Rapidamente me recupero do meu surto, me recomponho levantando da cama, troco tudo e tomo um banho rápido.
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TinCan - Love Story[REVISÃO]
Fanfic● Fanfic da história TinCan || Love by Chance ● Não é tradução da novel ● Tin nunca poderia imaginar em sua vida, conhecer alguém como Can. Tão ingênuo, marrento e que não media esforços para defender os amigos. Alguém tão verdadeiro...