TinCan - Love Story[REVISÃO]

Perdido em você...

Oieee!

Capítulo do Cantaloupe!  🍈🍈 🌶🌶

Boa leitura

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Quando chegamos ao apartamento do Tin, eu estava um pouco mais calmo. Mas nada apagava aquilo da minha cabeça. Bastava eu virar as costas e tinha alguma garota em cima dele. Não suportava a ideia do Tin ter tido namoradas antes de mim. Aquelas do tipo, muito bonitas, com peitos grandes. E eu? Um cara. Nem sou bonito e nem tenho peitos. Sem falar da experiência que ele tem e eu não. Isso me deixava puto!

Eu sei que estou sendo teimoso, ciumento e imaturo. Mas não consigo. Eu o amo e sei que ele me ama também. Eu vi nos seus olhos, enquanto éramos um só. Enquanto nos perdíamos um no outro, quando ele chorou. Mas simplesmente não consigo não ter ciúmes, assim como não conseguia parar de desejá-lo. Era um sentimento incontrolável, avassalador. Eu sabia, eu sabia! Por isso, fui tão contra a ideia de sermos namorados. Por isso, não queria ser seu namorado. Por isso eu...

Agora estou aqui, lutando contra o meu ciúmes. Maldito Tin! Jogo a mochila com raiva no chão e ele se vira para me olhar.

— Can. — Ele toca meu braço e eu puxo, recuando para trás.

— Vai se comportar como uma criança birrenta?

— Não sou criança e não estou fazendo birra.

— Está agindo como uma. E não está fazendo birra? Estranho, porque tive que aturar aquela palhaçada no campo de futebol? — Não respondo. Eu simplesmente, não tinha argumentos. Eu agi como uma criança.

— Eu vou tomar banho, Tin. Estou muito cansado do treino.

— Espera. Sente na mesa e coma primeiro. Vou fazer algo para você comer.

— Hã? Por quê?

— Por que sei que não almoçou direito.

— E como sabe?

— Isso não é importante. Está com fome, não está?

— Bem... Estou.

— Então. Se sente e coma. Depois pode ir tomar banho.

— Mandão como sempre. — Reviro os olhos para ele e me sento na mesa. Como ele sabia que eu não havia comido direito? Gostava do cuidado que ele tinha comigo. Até nisso ele era melhor do que eu. Sou tão brisado e descuidado. Apesar do abandono, da rejeição da família e de ter um gênio do cão, Tin é bom em cuidar das pessoas, em cuidar de mim. Ele cuida do sobrinho dele, apesar de tudo e se preocupa com o Pete, que eu sei. A familía dele não o merece. A verdade é que eu também, sempre me achei pouco para ele.

Fico observando enquanto ele cozinha. E o Tin ainda sabia cozinhar... Não bastava parecer modelo de comercial, ser inteligente, e bom de cama? Ainda tinha que saber cozinhar? Maldição. — Droga!

— O que foi?

— Nada. Eu estava pensando alto. — Can, nem pensar em silêncio você consegue? Solto um suspiro.

Depois que o Tin termina, eu e ele comemos em silêncio. Vez ou outra ele me encara e eu desvio seu olhar, disfarçando com a minha comida. Tá legal, eu sei que agi como criança e sei que meu ciúme é exagerado. Mas que porra foi aquela? A garota estava pronta para enfiar a língua na boca dele. Ódio, só de lembrar.

— Você ainda está com raiva?

— Não. — Minto. Ainda estava doido de raiva, da cena que presenciei.