Noite quente

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Como sempre, Can devorou quase tudo que tinha na mesa e não satisfeito, agora está comendo a segunda tigela de sobremesa. Eu fico perplexo do tanto que cabe nele, meu Deus!

— Tin, por que você não está comendo?

— Eu já terminei. Não como tanto quanto você. Aliás, como alguém tão fofo e pequeno come desse jeito?

— Não sou fofo e nem pequeno.

— É sim.

— Não sou não. Sou muito másculo.

— Não disse que não era másculo. Mas, você é fofo e pequeno. E insaciável... —Ainda bem que decidi não mencionar o quanto acho a sua aparência frágil e delicada ou ele me mataria...

— TINNN!

— Eu estava falando da comida.

Depois de muito pensar, só consegui chegar a uma conclusão. Passar a noite na casa do Cantaloupe. Por que não? E seria uma chance de dar mais um passo no nosso namoro. Quero ficar mais perto e íntimo da minha sogra e essa seria uma ótima oportunidade. — Can, vamos para a a sua casa?

— O quê? Para minha casa? Por quê?

— Assim, vamos ficar juntos e minha sogra poderá se acostumar comigo.

— Sua sogra... — Ele diz corando...

— Você sabe que a Lemon não vai nos deixar em paz, não é?

— Eu sei lidar com a sua irmã...

— Mas como que...

— Como que, o quê?

— Nada.

— Um amigo irá passar a noite na sua casa. Parece uma coisa normal para mim.

— Mas meus amigos nunca passam a noite na minha casa. Eu que sempre acabo ficando na casa deles.

— Ótimo, então eu serei o primeiro e o único.

— Como se você já não fosse o primeiro e o único em tudo... — Can enrubesce. O primeiro e o único em tudo? Espera, então, eu estava certo desde o início. — O que você disse, Can?

— Nada, eu não disse nada...

— Então, seu primeiro beijo também foi meu?

— Eu não disse isso...eu... — Levanto e vou para o seu lado da mesa, sentando na poltrona.

— O que está fazendo?

— Foi ou não? Diz para mim, Can. Eu quero ouvir.

— Bom, sim. Você é o meu primeiro em tudo, feliz? — Ele sorri timidamente. Então me curvo, segurando as costas de sua cabeça e puxo-o para um beijo. Um beijo desesperado, intenso e faminto. Depois disso, tudo se torna um borrão. Suas mãos estão em toda parte e uma onda de prazer vara por todo meu corpo. Beijo seu pescoço e percebo que Can está pegando fogo. Um beijo e já estávamos os dois, ofegantes.

— Tin, alguém pode entrar.— Ele diz isso com uma voz arrastada, quase gemendo no meu ouvido, fazendo meu pau pulsar feito louco dentro da calça. Ahh Cantaloupe... — Ninguém vai entrar.

— Mas eu...

— Mas nada... — Calo a sua boca com a minha.

— TINNN! Nesse ritmo...eu não consigo. Isso é tortura, você é mal...

— A culpa não é minha, se sinto saudade da sua boca o tempo todo. — Na verdade eu tinha saudade do corpo inteiro dele, não só da boca. Tudo nele me deixa louco. Seus olhos negros e inocentes, seu cheiro, as curvas do seu corpo, sua bunda grande e redondinha... Meu pau se contraí dolorosamente com o pensamento.

TinCan - Love Story[REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora