Corações partidos

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Oieee...

Boa leitura! 🍁

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Faz uma semana que não vejo e nem falo com o Can, desde que ele partiu meu coração. Eu sabia que seria um zumbi pelo restante do semestre e sabia bem o motivo. Por causa do vazio em meu peito onde antes ficava o coração. Can havia me mandado muitas mensagens no LINE, mas não respondi a nenhuma delas. Como ele ousa? Não satisfeito em despedaçar meu coração, ele quer que eu responda as suas mensagens no LINE? Como se nada tivesse acontecido? Não, não será do seu jeito. Desde que ele terminou comigo antes mesmo de começarmos, as coisas voltaram a ser como eram antes.O tempo ficou devagar, as aulas pareciam uma eternidade e nada tinha cor. A sensação é insuportável. Sinto a falta dele e isso é irrefutável. Can tinha mudado a minha vida completamente. Meu modo de pensar, de agir e até o meu modo de sentir. Até então, eu achei que não tinha um coração, mas estava totalmente enganado. Estava sendo impossível afastar de mim a sensação de perda. Eu já não estava quente e aconchegado como antes, mas frio e sozinho.

"Podemos ser só amigos, por favor?"

O gosto amargo dessas palavras ainda queima minha língua. Depois do meu irmão, eu jamais imaginei que outra pessoa poderia me ferir tanto. A verdade é que, não tem ninguém melhor que o Can. E não só por que eu gosto dele. Ele é ingênuo demais, mas é leal, engraçado, fofo, e acima de tudo, Can me faz sentir vivo, me faz respirar. Eu jamais achei possível chegar a amar alguém e muito menos um homem, mas ele fez isso comigo. Can me fez baixar a guarda, quebrou os muros que eu tinha construído em volta do meu coração e eu só queria amá-lo, protegê-lo e cuidar para que ninguém o machucasse. Até hoje eu me perguntava, como tão espontaneamente, contei sobre a minha vida para o Can. Contei coisas que jamais contaria a ninguém, como se estivesse pronto para revelar todos os meus sentimentos para ele. Nunca havia sido tão honesto em toda a minha vida. Ele me fez querer tudo e então, em um piscar de olhos me fez perceber que eu não tinha nada.

"Cantaloupe, seu estúpido"

— Tin? Tin?

— Hã? O que foi?

— O que aconteceu? Você está bem?

— Estou bem. — Eu estou tão deslocado e tão perdido, que não sei mais das coisas. Se estou em casa ou na universidade, nem ciente das horas ou dos dias. Tudo parece tão chato e monótono. Estou simplesmente funcionando no automático.

— Tin. Quer ir lá em casa hoje? Podemos conversar e...

— Não precisa se preocupar, Pete. Estou bem e sei muito bem que prefere mil vezes o seu programa tailandês, do que passar o tempo comigo.

— Isso não é verdade, somos amigos. Podemos almoçar com a minha mãe e depois conversar, assistir alguma coisa. Vai perder o que, se aceitar? — Realmente o Pete é tão bom amigo, mas não estou nem um pouco a fim de conviver com pessoas. O sinal toca antes que eu possa responder. Guardo o material e saio, mas Pete não desiste e me segue.

— Espera, Tin. Vamos juntos. Esqueceu que estacionei no mesmo lugar que você?

— Não, não esqueci.— Parece que não há uma maneira de me livrar dele, não nesse momento.

— E quanto ao Can, Tin?

— Hã? O que tem ele?

— Tudo. Você estava diferente antes e estava feliz. Agora está com essa cara, de mau humor e exalando hostilidade, parece o antigo Tin.

— Por que acha que tem a ver com o Can?

— Por que você está estranho e o Can também. O que aconteceu entre vocês dois? Vocês brigaram por causa de ciúmes?

TinCan - Love Story[REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora