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Boa tarde meus amores aqui lhes deixo um pouco mais dessa fic que amooooooo!!! Boa leitura!!

— Ligue para a recepção e diga que ele não pode sair!!! — correu para o outro elevador e entrou, apertou o botão com loucura e andou de um lado a outro com as mãos na cintura.

O elevador parecia demorar uma eternidade, mas por fim chegou ao térreo e ela saiu correndo procurando ele e não o encontrou, perguntou e informaram que ele tinha saído pela porta principal e ela se apressou em seus saltos para ir atrás dele. Ao chegar do lado de fora buscou, mas não o encontrou e passou as mãos no cabelo como iria encontrar aquele homem se nem seu telefone tinha pegado? Ficou ali olhando para o nada sentindo uma grande raiva de si mesma.

Não era possível que ela tivesse esquecido o nome dele, não podia acreditar que tinha feito tamanha desfeita a Victoriano por estar tão focada em seu trabalho. Depois de anos tinha conseguido se entregar a um homem e tinha sentido tanto prazer que nem se quer o telefone tinha se lembrado de anotar, se sentia uma idiota e virou-se entrando novamente na recepção.

— Senhora Victória está tudo bem? — uma das recepcionistas perguntou.

— Um desastre!!! — falou respirando pesado e caminhou para o elevador.

Se sentia tão estúpida que ao adentrar o elevador se encostou à "parede" e olhou para o teto sentindo uma dor no estômago, um vazio que ela nem conseguiu explicar naquele momento, mordeu o lábio e respirou mais uma vez bem fundo. Saiu do elevador e foi direto para sua sala mandando que todos saíssem e a deixasse só.

Sentou em sua cadeira e passou a mão no rosto, parecia uma adolescente frustrada que tinha perdido o amor de sua vida, sorriu com aquele pensamento porque ele não podia ser o amor de sua vida somente com uma transa. Pensou por longos minutos até que se lembrou de suas filhas e de imediato pegou o celular e discou.

— Oi mamãe!!! — Maria falou amorosa.

— Me diga que tem o número dele? — falou afoita.

— Telefone de quem, mãe? — falou sem entender.

— Maria Sandoval, não se faça de desentendida!!! — se alterou um pouco. — Eu sei que tem o número de Victoriano e quero que me passe agora!!!

Maria riu por um momento do desespero de sua mãe, mas não deixou que ela percebesse e com a voz firme disse:

— Eu não tenho!!!

Foi como se Victória tivesse tomado um soco na boca do estômago com aquela informação e a mão foi direto ao cabelo.

— E Fernanda? — respirou pesado.

— Também não... — deu uma pausa. — Achamos que não passaria de uma noite e não pegamos nada!!!

— Vocês não fazem nada direito!!! — gritou com raiva e desligou o telefone jogando longe. — Inferno Victória!!! — brigou consigo mesma e aquele dia para ela estava completamente amargado.

(...)

— O que aconteceu com nossos pais? — Maria perguntou assim que Alejandro atendeu ao telefone sem dar nem chance de oi.

Ela tinha mentido para a mãe porque ela tinha pegado tudo sobre Victoriano para o caso de sua mãe gostar, mas se fazer de difícil como sabia que ela era. Alejandro suspirou encostado em sua cadeira e disse:

— Parece que o encontro não deu muito certo já que meu pai se trancou em sua sala.

— Que encontro? — ela virou na cama ficando de bruços.

— Eu disse a ele para chamá-la para almoçar hoje, mas algo não deu certo porque ele chegou bufando e dizendo que só tinha ideias idiotas e que eu estava de castigo... — começou a rir. — Como se eu ainda tivesse idade para isso.

Maria começou a rir e naquele momento teve uma ideia.

— Eu tive uma ideia, mas vou precisar de toda ajuda possível.

— Me diz o que quer e eu ajudo porque não quero ver meu velho com aquela cara!!!

— Me escute bem...

Maria começou a falar e ele ouviu tudo atentamente e riram por diversas vezes por imaginar como seria a reação deles e ficaram ali por horas falando, depois contariam para os menores para que eles ajudassem também... E assim o tempo se foi...

(...)

SETE DIAS DEPOIS...

O celular de Victória tinha mais de dezessete ligações de Fernanda e Maria e mais de cem mensagens, ela tinha ficado presa em uma reunião e somente naquele momento tinha sido liberada e pegava suas coisas para ir para casa. Antonieta veio até ela e a olhou.

— Suas filhas me ligaram cinquenta vezes!!! — falou com preocupação.

Victória deu um meio sorriso cansado.

— Ligaram mais para você do que pra mim!!! — passou a mão no pescoço. — Vamos pra casa que já esta tarde e eu não estou aguentando meus pés!! — suspirou.

— Um bom banho de banheira vai nos ajudar!!! — segurou no braço da amiga e as duas se foram.

Despediram-se na garagem e cada uma foi para seu carro e o celular de Victória tocou novamente, ela atendeu e esperou que a filha falasse.

— Até que enfim em mãe!!! — bufou. — O que estava fazendo? — Fernanda falou.

Victória suspirou e olhou pela janela do carro.

— Minha filha, eu estava em reunião e somente agora consegui sair, estou indo para casa!!! — aproveitou para tirar os sapatos. — O que a de tão urgente assim? — falava com calma há uma semana nem se quer ouviu falar de Victoriano.

— Já são oito da noite, mãe... — cobrou. — Esqueceu que tem filhas?

— Minha filha me perdoe!!! — sabia que estava errada em deixá-las tanto tempo sozinhas. — Agora você pode me dizer o que aconteceu, ou melhor, por que de tantas ligações?

Fernanda deu um grande suspiro e olhou a irmã que estava a seu lado dormindo na rede e sorriu a mãe iria ter um treco quando descobrisse onde elas estavam.

— Ligamos cedo pra dizer que estávamos indo viajar, mas a senhora não respondeu e...

— Vocês saíram sem a minha permissão? — a cortou de imediato. — Fernanda, vocês estão onde? — falou com preocupação.

Naquele momento Victória entendeu que estava deixando suas filhas a desejar e que se elas tinham saído sem sua permissão pra qualquer lugar que fosse era porque de fato ela não estava dando a atenção necessária a suas meninas e precisava mudar e iria porque não queria que nada de mal acontecesse com elas por falta de cuidado de sua parte.

— Me responda, Fernanda!!! — falou um pouco mais rude.

— Estamos na fazenda de Victoriano!!! — falou toda empolgada e o estômago de Victória revirou no mesmo momento... 

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora