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Acho que a coisa vai esquentar por aqui!!!

O momento era o mais perfeito que eles poderiam passar, mas ela não aguentou ver o filme todo e na metade já estava adormecida. Victoriano também estava cansado e depois de se despedir a pegou nos braços junto a coberta para que não mostrasse demais e a levou para o quarto, a deitou e tirou aquele vestido apertado com ela em sono profundo.

Ele sorriu e a cobriu a noite iria esfriar, foi para o outro lado da cama e deitou junto a ela que se agarrou a ele e naquele momento Victoriano agradeceu a Deus por aquela nova chance de ser feliz, agarrou melhor Victória e deixou que aquele dia terminasse...

(...)

DOMINGO...

Victória despertou com muita fome, sentiu o braço de Victoriano sobre sua cintura e respirou fundo sorrindo há muito tempo não dormia tão bem e acordava com tanta fome. Ela tirou o braço dele de sua cintura e com calma se levantou, olhou a hora e era quase nove, foi ao banheiro e fez sua higiene e logo tomou um banho.

Victoriano despertou com o barulho do chuveiro e respirou fundo sorrindo, não pensou duas vezes e caminhou até o banheiro e por um momento apenas observou a linda silhueta dela presa no box com o vapor do chuveiro a cobrindo. Ela era perfeita e ele não esperou mais para entrar e a abraçou por trás.

— Pensei que ia ficar só olhando. — brincou com ele e virou. — Bom dia...

Victoriano sorriu e a beijou na boca com toda paixão do mundo enquanto suas mãos buscavam o pequeno corpo dela.

— Bom dia. — falou assim que o beijo terminou. — Dormiu bem?

Ela o acarinhou nos braços e o admirou por longos segundos o fazendo rir.

— Assim eu me apaixono!!! — a beijou mais. — A ardência passou?

— Sim. — sorriu. — E quero que a gente inicie o dia como se deve. — desceu a mão o provocando.

Victoriano sorriu e nada mais disse apenas a suspendeu do chão e a beijou na boca para iniciar aquele dia como se devia...

(...)

NO ANDAR DE BAIXO...

Os meninos zombavam de Maria e Fernanda que nem ligavam para eles e riam junto os provocando, queriam aquela paz e aquelas risadas que tanto fazia falta em seu dia a dia.

— A mamãe nunca ficou na cama até esse horário... — Maria constatou.

— Ela ta com um cavalo e ele precisa de pelo menos duas pra descer sorrindo... — Alejandro revelou caindo na risada. — Com minha mãe ele descia sorrindo e depois de um tempo ele descia chutando tudo de ódio e foi assim que ela foi embora. — não era pra perder o clima. — Então se ele não desceu ainda é porque a coisa lá em cima ta...

— Cala a boca você ta falando da minha mãe. — Fernanda o repreendeu mais ria. — Eu não quero imaginar aminha mãe transando não. — negou com a cabeça.

— É uma nojeira. — Emiliano se manifestou. — Eu peguei mamãe montada no papai e não foi legal. — negou com a cabeça. — Fiquei cinco dias sem conseguir dormir.

Alejandro deu um soco no braço dele por fazê-lo imaginar aquela cena e ele devolveu, ali se iniciou uma guerra entre os dois até que a voz soou os fazendo parar de imediato com aquela baderna toda.

— Que bagunça é essa? — Inês falou já os repreendendo.

— O que faz aqui? — Alejandro falou respirando pesado pelo cansaço.

— Meu final de semana esqueceu? — colocou a mão na cintura.

— Não somos mais crianças!! — Emiliano retrucou. — E não quero saber daquele cara. — fechou a cara. — Já disse que não volto mais lá.

— Meu filho, vocês vão lá por mim e não por ele. — tentou convencê-lo. — O que está acontecendo aqui? Seu pai arruma uma mulher qualquer e vocês já viram a cabeça? — usou a pior arma que podia naquele momento.

— Não ouse falar qualquer coisa da minha mãe, senhora. — Maria foi firme. — Ela é uma mulher decente e se fala mal dessa maneira é melhor se olhar no espelho porque a qualquer aqui não é ela. — nunca deixaria que falassem mal de sua mãe. — Me desculpem meninos, mas não vou deixála falar assim da minha mãe.

Inês a olhava sem acreditar que aquela fedelha estava a peitando na frente dos filhos, o rosto ficou vermelho e ela foi para falar, mas Emiliano a cortou.

— Nós espere lá fora, por favor. — pediu educado e as duas saíram encarando Inês. — O que pensa que está fazendo, mamãe? — a pergunta era clara.

— Vocês acham mesmo que depois de tudo que passei nesses anos vou acreditar que foi somente chegar uma vagina da cidade que seu pai vai me deixar em paz? — não sabia nem porque estava falando daquela maneira. — Ele pintou, bordou e não me deixou em paz nos últimos...

— As coisas mudam e já estava na hora dele seguir em frente, Victória, é uma mulher maravilhosa e está fazendo bem a ele ou ele voltou a te procurar? — Alejandro falou sério não queria mais os pais em guerra.

— Não!!! — suspirou. — Eu não estou aqui pra brigar com vocês e sim pra passar um tempo com vocês que já não vejo muito por conta dos estudos...

— Nós vimos ontem na cidade. — Emiliano mostrou sua chateação com ela.

— Mas era para estarem comigo e na minha casa e não aqui com essa... — respirou fundo. — Mulher. — estava com ciúmes dos filhos.

— Vamos amanhã e passamos o dia com a senhora. — olhou Emiliano. — Né Emi?

Ele respirou fundo e concordou com a cabeça ela foi até eles e os beijou muitas vezes dizendo o quanto os amava e sem mais delongas saiu da casa olhando as duas meninas. Não sabia ou não queria aceitar, mas estava sentindo algo estranho dentro de si, montou em seu cavalo e saiu dali.

Victória e Victoriano não demoraram muito a descer e sentaram a mesa para tomar café, eles os acompanharam mais somente para estar ali porque já tinham comido cedo. Victória que não era boba nem nada percebeu que eles estavam calados demais e perguntou.

— Aconteceu algo enquanto não estávamos presente? — comia muito bem naquela manhã.

Os quatro negaram com a cabeça no mesmo momento e ela ia questionar, mas um dos empregados entrou e os interrompeu, Victoriano o olhou e ele se desculpou por entrar daquela maneira e avisou que uma das vacas estava parindo e de imediato ele ficou de pé assim como os filhos e as meninas. Elas não iam perder aquela emoção e já caminhavam com os meninos depois de beijar a mãe.

— Você quer ir? — ele perguntou todo atencioso com seu amor.

— Deus me livre... — negou com a cabeça. — Eu vou terminar de comer e vou dar uma volta pela fazenda enquanto vocês resolvem isso ta bom?

Ele sorriu do jeito dela e a beijou na boca com calma e saiu correndo de dentro de casa, ela terminou de comer com calma e depois de fazer sua higiene pegou seus óculos e foi caminhar. Era tudo tão perfeito ali que ela andava sorrindo, ganhou uma flor de uma das crianças que brincavam por ali e sorriu mais agradecendo e seguiu andando, mas não por muito tempo já que um cavalo se aproximou e logo Inês desceu dele parando frente à Victória.

— Vamos conversar! — falou como se mandasse ali e Victória apenas elevou uma sobrancelha para ela...

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora