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Segurem os forninhos em que a coisa aqui ta pegando fogo!!!

— Você quer ir? — ele perguntou todo atencioso com seu amor.

— Deus me livre... — negou com a cabeça. — Eu vou terminar de comer e vou dar uma volta pela fazenda enquanto vocês resolvem isso ta bom?

Ele sorriu do jeito dela e a beijou na boca com calma e saiu correndo de dentro de casa, ela terminou de comer com calma e depois de fazer sua higiene pegou seus óculos e foi caminhar. Era tudo tão perfeito ali que ela andava sorrindo, ganhou uma flor de uma das crianças que brincavam por ali e sorriu mais agradecendo e seguiu andando, mas não por muito tempo já que um cavalo se aproximou e logo Inês desceu dele parando frente à Victória.

— Vamos conversar! — falou como se mandasse ali e Victória apenas elevou uma sobrancelha para ela.

Quem aquela mulher pensava que era para abordá-la daquele modo? Perguntava-se naquele momento com que tipo de mulher Inês lidava para achar que poderia falar naquele tom com ela. Sabia perfeitamente que o assunto seria Victoriano e não estava disposta a conversar com uma mulher que se via de longe o despeito por algo "perdido".

Inês a olhou de cima a baixo e algo dentro de si não gostava, não confiava ou seria apenas despeito por Victoriano não estar mais aos seus pés? Tinha passado tantos anos com ele pedindo para voltar, se arrastando aos seus pés que agora vê-lo com outra mulher e pior. Uma mulher madura que sabia perfeitamente o que queria e não uma ninfeta como ele costumava a andar somente para tentar causar ciúmes nela.

— Seja lá o que queira conversar. — fez aspas com a mão. — Não me interessa!!! — foi pra sair, mas Inês segurou em seu braço. — Se eu fosse você soltaria meu braço!!! — olhou a mão dela e depois seu rosto.

— Quem você pensa que é? — não soltou seu braço.

— Alguém que pode descer do salto e acabar com sua raça se continuar me segurando!! — falou mal educada como poucas vezes fazia com as pessoas. — Agora me solte ou não respondo por mim!!!

Inês soltou seu braço mais não deixou de encará-la.

— Seja lá o que pensa que está vivendo aqui vai acabar!!! — falou com despeito. — Victoriano vai se cansar desse joguinho e vai voltar a ser o mesmo de antes.

Victória sorriu em completo deboche.

— Escuta aqui minha senhora!!! — usou de todo o sarcasmo que tinha dentro de si. — Seja lá o que você pensa que teve com Victoriano se acabou e sabe por quê? — Inês continuava a encarando. — Porque não podemos viver sempre andando pra trás e não se preocupe que seu ex-marido está tão bem cuidado que você não vai precisar mais vir aqui para fazer essa cena ridícula!!!

— Você não sabe o que diz!!!

— E você é uma despeitada porque pelo que entendi você é casada e muito feliz, não é isso? — arqueou a sobrancelha, nem tinha tirado os óculos para falar com ela.

— Victoriano nunca vai deixar de me amar!!! — não respondeu a pergunta dela.

— Tem certeza? — cruzou os braços. — Porque eu tenho a impressão que essa sua atitude despeitada é somente porque ele não está mais atrás de você. Perder o controle é difícil né? — deu um meio sorriso. — Agora me de licença que eu tenho mais o que fazer!!! — caminhou saindo dali.

Inês estava vermelha a mulher era muito mais do que tinha imaginado e não iria se intimidar com sua presença, olhou ela caminhando em direção a Victoriano e seu corpo todo se tremeu com o beijo que Victória fez questão de dar nele apenas para que ela entendesse que naquele jogo que ela queria iniciar a única que perderia seria ela!!! Ela montou em seu cavalo e tratou de sair dali apressadamente.

— Está tudo bem? — falou assim que o beijo terminou.

— Nada que uma Sandoval não possa resolver!! — sorriu acariciando o peito dele.

— O que Inês queria com você? — a segurava pela cintura não querendo problemas.

— Não quero saber nada dessa mulher, ela é uma despeitada que acha que tem o controle sobre você!!! — sentia um turbilhão de sentimentos. — Mas ela não sabe com quem está mexendo.

Ele respirou fundo aceitando o selinho dela.

— Fui eu quem deu a ela esse poder quando fiquei no pé dela depois da separação. — contou. — Eu não a deixei em paz e agora ela acha que você é somente mais uma para fazer ciúmes. — suspirou envergonhado.

— Meu amor, eu sou muito para que você use contra ela. — falou convencida e riu da cara dele, queria o clima menos tenso e aquela mulher não iria estragar seu último dia ali.

— Meu amor? — falou com um sorriso maravilhoso no rosto.

— Sim, meu amor!!! — colou seu corpo no dele.

— Isso soa tão sexy!!! — cheirou o pescoço dela.

Ela sorriu agarrada nele, recebendo todos os beijos que ele dedicava em seu pescoço e sua pele se arrepiou.

— O animal já nasceu? — falou num suspiro.

— Eca... — Fernanda falou ao vê-los daquele modo.

Victória sorriu se soltando dele e olhou sua menina.

— Isso está ficando muito sério!!! — negou com a cabeça.

— Não era isso que vocês queriam? — riu mais ainda da cara dela.

Fernanda riu negando mais uma vez com a cabeça e foi a eles dois.

— Mãe a senhora precisa ver o bezerro que nasceu. — segurou a mão dela. — Foi estranho ver nascer, mas ele é tão bonitinho. — os olhos brilharam.

Victória sorriu para aquele rosto iluminado e a puxou para um abraço e um beijo carinhoso.

— Vamos meu amor, vamos ver o bicho!!! — riu.

— É um bezerro mãe. — ela riu.

— Foi isso mesmo que eu disse!!! — começou a caminhar com ela e olhou Victoriano mandando beijo.

Ele sorriu e deixou que elas fossem e não pensou duas vezes antes de montar em um de seus cavalos e ir atrás de Inês, ele correu tanto que logo a avistou andando com calma em seu cavalo. Victoriano berrou o nome dela que parou e ele logo parou o seu cavalo e desceu e foi a ela a puxando de cima de seu cavalo.

— Você ficou louco? — gritou com ele que a segurava bem junto de seu corpo.

— Não se atreva a mexer com Victória ou tentar estragar meu relacionamento com ela ou eu acabo com você sem se quer me importar que você sejas a mãe de meus filhos!!! — falou num bufo.

Ela se soltou dele com raiva.

— Veio defender a namoradinha é? — debochou. — Você só quer mais uma pra tentar me afrontar Victoriano. Eu tenho é pena dela.

— Você cale a boca porque não sabe o que se passa entre nós dois e eu não vou permitir que estrague tudo por ego ferido. Eu não te quero mais e deveria dar graças a Deus por ter te deixado em paz e não vir aqui tentar estragar tudo.

Era como uma facada nas costas dela aquelas palavras e ela sentindo seu ego ferido se aproximou dele novamente e tocou em seu peito o acariciando o olhando nos olhos.

— Tem certeza que não me quer mais? — a voz era carregada de má intenção. — Se eu te beijar aqui e agora não sentiria nada? — aproximou bem seu corpo dele e seus lábios ficaram bem próximos. — Me diga que não sentiria nada Victoriano... — aproximou mais seus lábios dos dele pronta para o beijo...

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora