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Aqui estou mais um dia... Meus amores, se preparem para o fim!! 

— Você já percebeu que o que está fazendo aqui é errado ou não estaria sozinha, eu vi Emiliano sorrindo na sorveteria com Victória e suas filhas, e também sei que anda fazendo a vida deles um verdadeiro inferno. Você acha isso certo?

Não queria semear mais o rancor dela contra Victória, mas ela precisava entender que a vida estava andando para frente e ela ficando pra trás.

— Você tem razão! — suspirou. — Eu vou com você, mas antes tenho que resolver algumas coisas por aqui e o primeiro é com Victória!

Arthur negou com a cabeça e mesmo querendo provar de seus lábios, ficou de pé soltando de sua mão.

— Se acontecer algo a essa família, tudo que foi dito aqui será da boca pra fora porque eu não vou aceitar você a meu lado se fizer algo a eles! — sentenciou.

— Arthur, eu preciso ter certeza que meus filhos vão ficar mesmo bem com essa mulher!

Ele riu por ela tentar convencê-lo daquela loucura.

— Você não me engana e está avisada! — virou para sair dali.

— Você não vai me dar um beijo? — suspirou.

Ele virou novamente mais não se aproximou dela.

— Só quando realmente souber que você não fez nada a Victória, suas filhas ou a Victoriano! — mandou beijo para ela e se foi.

Inês respirou fundo e olhou para frente analisando seus próximos passos, será que seria mesmo bom sair do país? Observou toda aquela fazenda que ela não poderia percorrer por um bom tempo até onde seus olhos alcançaram e eles se encheram de lágrimas por estar completamente sozinha naquele momento e com seu humor ficaria assim por um bom tempo. Para ela seria bom sair e não ver mais a felicidade de Victoriano com sua nova mulher, ela não podia mentir e dizer que não sentiria mais, mas estar longe e ao lado de um homem que realmente a amava e ela também tinha o amado por muito tempo ou ainda amava? Ela não entendia seus sentimentos naquele momento mais iria sim com ele para França e tentaria ser feliz junto a ele enquanto se recuperava.

— É o melhor a se fazer Inês Huerta! — falou consigo mesma e tornou a ficar em silêncio observando suas terras enquanto seus pensamentos iam longe.

(...)

O carro de Victoriano parou frente à sorveteria e ele desceu indo de encontro a seu amor que estava parada na calçada desde que tinha ligado para ele voltar e ao se aproximar ela o agarrou sentindo seu cheiro e ele sorriu beijando seu ombro.

— Tudo isso é saudades de mim, meu amor? — beijou seu pescoço subindo para o rosto e a beijou na boca com vários selinhos.

— Eu estava sentindo que algo ruim iria acontecer com você! — tocou o rosto dele. — Você está mesmo bem?

— Meu amor, eu estou bem e você pode ficar calma! — sorriu e a beijou nos lábios. — Eu te amo muito!

— Eu também te amo! — sorriu com os olhos iluminados. — Vamos pedir um sorvete pra você e outro pra mim que acho que o meu já derreteu todo!

Ele riu e a agarrou por trás enquanto entravam novamente para a sorveteria e os meninos começaram a rir por ela conseguir trazê-lo de volta. Alejandro amava ver o pai sorrir e se aproximou mais de Maria para falar em seu ouvido.

— Eu quero que nosso amor seja assim como o deles pra sempre! — a olhou nos olhos que sorriu emocionada.

— Só depende de nós dois! — deu um selinho em seus lábios. — Só de nós dois.

— Ecaaaa! — Fernanda se pronunciou e olhou Emiliano. — Estamos sobrando no meio de tanto amor.

— Acho que deveríamos nos beijar também e aí ficaria tudo em família...

Eles não tiraram os olhos um do outro e ao mesmo tempo negaram com a cabeça.

— Não!!! — falaram juntos.

— Deus me livre Emiliano! — riu. — Nós dois somos como irmãos e não nutrimos esse sentimento que eles nutriram um pelo outro.

Ele riu junto com ela enquanto eram observados pelos mais velhos.

— Até porque aquela sua amiga é uma gostosa! — eles gargalharam.

— E está caidinha por você!

— Vocês estão falando sério? — Alejandro entrou no meio do assunto deles e os pais se aproximaram. — Papai, você ouviu a conversa desses dois? — estava de boca aberta.

Emiliano apressou em sentar-se ao lado de Fernanda.

— Que conversa meu filho?

— Que vamos nos casar e começar a dar netos pra vocês. — ela zombou segurando a mão dele querendo gargalhar.

— Até você minha filha? — Victória sentou os olhando. — Quando isso começou que eu não vi? Eu sempre os vejo falando de uma tal de Bianca!

Eles romperam o riso e eles ficaram sem entender nada e olharam para Maria e Alejandro que só negaram com a cabeça.

— Mamãe, a gente é irmão e não passa disso! — Fernanda sorriu segurando a mão da mãe. — E sim, ele só pensa na Bianca!

— E que Bianca em! — suspirou. — Só estamos brincando papai e esses dois ai levam as coisas muito a sério porque o que sinto por Fernanda é sim amor mais de irmão e o que eu puder fazer para que seja feliz, eu o farei! — eles se abraçaram.

— Terei que me contentar com você de irmão já que minha mãe só faz menina!

Victória começou a rir enquanto comia seu sorvete.

— E serão somente os dois de irmãos mesmo porque não pretendo fazer mais bebês! — negou com a cabeça e comeu do de Victoriano o olhando.

— E se eu quiser mais uns dois? — sentou melhor no banco.

— Podemos conversar sobre isso mais pra frente, mas o que eu quero mesmo é poder viver a vida ao seu lado e nos aventurar por aí já que depois do nosso primeiro encontro já engravidei e não fizemos metade do que tinha em mente. — piscou safada.

— Aí a conversa já começa a ficar mais interessante! — riu e a beijou.

— É Emiliano, acho melhor a gente ir embora porque esse amor todo está me sufocando! — brincou rindo.

— Bem que poderia trazer a Bianca pra cá né?

— E você o seu amigo loiro e lindo...

— Pode parar vocês dois porque eu os quero estudando e não fazendo safadeza por aí! — Victoriano os repreendeu como um verdadeiro pai.

— Sim papai! — responderam juntos e eles todos riram porque era um momento só deles e Victória os tendo ali juntos e ao alcance de seus olhos a deixava mais tranquila.

Depois de um papo leve e cheio de risadas eles se encaminharam para o carro e logo chegaram a casa com Victória bocejando cansada daquele dia, mas queria conversar com sua menina e a chamou para que subissem juntas para o quarto. Emiliano veio logo atrás e parou Victória mostrando o celular a ela que leu o conteúdo e respirou fundo o olhando.

— Diga que amanhã iremos vê-la e não conte a seu pai! — o beijou na bochecha com ele confirmando com a cabeça e ela subiu para encontrar Fernanda.

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora