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Acho que a coisa aqui não ficou tão boa...

Eles se separaram e ela foi para o carro depois de abraçar os meninos e Victoriano abraçou as meninas e elas entraram no carro partindo com a mãe. Victoriano olhou o carro ir e deu um largo suspiro.

— Ai em veio todo apaixonado!!! — Emiliano zombou rindo alto.

— Sabia que daria certo dessa vez!!! — Alejandro falou com um sorriso. — Ela é boa mesmo em papai!!!

Victoriano o olhou e sorriu, nada disse e entrou em casa ele não daria detalhe algum de sua relação com ela e sorrindo esperou que aquela semana terminasse rapidamente para que eles estivessem juntos novamente...

(...)

TRÊS DIAS DEPOIS...

Os três dias que se passaram Victória trabalhou como louca, sem tempo pras filhas, sem tempo para os telefonemas de Victoriano e até mesmo sem tempo para comer direito. Estava com problemas com uns fornecedores e tinha um desfile que sairia em alguns dias e ela precisava resolver tudo, estava estressada e todos ouviam seus gritos pela empresa.

As meninas seguiam em contato com Alejandro e Emiliano e se divertiam muito tramando coisas para o final de semana que eles ficaram na casa delas, eles estavam empolgados em serem "irmãos" e Victoriano também estava adorando a ideia te ter meninas em casa. Naqueles três dias que tinham se passado ele tinha conversado com elas bastante tempo já que Victória estava atolada de trabalho.

Naquela tarde Victória corria por toda a empresa atendendo a todos e resolvendo de um tudo ao mesmo tempo, ela estava exausta mal tinha conseguido dormir a noite e sua cabeça doía como nunca. Naquele momento ela entrou em sua sala e viu sobre a mesa muitos papeis e respirou fundo sentindo uma tontura e de imediato se apoiou na parede levando a mão aos lábios e a vontade de vomitar veio de imediato, Victória não conseguiu ir até o banheiro e no lixo que tinha do seu lado ela vomitou sentindo-se ainda mais debilitada e o único que conseguiu fazer foi chamar a secretaria antes de desmaiar.

A secretaria veio e ao vê-la caída no chão começou a gritar por ajuda e todos se alarmaram, Antonieta chamou direto uma ambulância e os médicos do prédio vieram para dar os primeiros socorros nela. Victória foi encaminhada direto para o hospital assim que a ambulância chegou e ela ainda se encontrava desacordada, Antonieta a acompanhou, mas fez questão de avisar as meninas do que se passava e elas de imediato correram para o hospital largando a aula para estar com a mãe.

Victória foi submetida a exames e demorou mais um tempo para acordar, estava desidratada e fraca por não ter comido nada durante o dia todo, assim que acordou o medico deu uma bronca nela que apenas revirou os olhos não querendo ouvir nada do que ele dizia. O que Victória queria mesmo era a alta dela para voltar a trabalhar, mas o medico não daria a ela até que ela comece direito, ela bufou e pediu que as meninas fossem comprar algo para que ela comesse e elas foram rapidamente não querendo ver a mãe ainda mais nervosa.

Victória ficou sozinha no quarto e observou aquelas paredes brancas, logo seus olhos correram por seu braço chegando a agulha que estava enfiada em sua pele, estava irritada e queria sair dali, mas aquele medico não permitiria até que ela comesse ou até que aquele maldito soro acabasse. Ela sentou na cama e passou as mãos no cabelo e a porta se abriu.

— Foi aqui que pediram uma quase janta? — a voz soou.

— É bom que seja o que eu pedi pra que eu possa ir logo embora desse lugar!!! — estava com os olhos virados para a janela quando falou emburrada parecendo uma criança mimada.

— Eu ouvi dizer que Victória Sandoval era mimada, mas pessoalmente é ainda pior!!! — provocou.

— Ora seu... — falou virando o rosto e viu Alejandro na porta rindo do modo dela.

— Não me xingue ou eu vou levar essa comida embora!!! — entrou por fim no quarto.

— O que está fazendo aqui? — buscou por Victoriano na porta.

— Meu pai não veio se é ele quem procura!!! — caminhou até o suporte que tinha ali para comida. — As meninas também estavam com fome e estão lá fora comendo.

— O que você está fazendo aqui? — se arrumou melhor na cama.

— Maria me contou e como estava aqui por perto resolvi vir te ver, madrasta!!! — brincou a fazendo rir.

— Se sua mãe ouvir uma coisa dessas não vai dar coisa boa!!! — sentiu o cheiro de comida e a barriga revirou de fome. — Me de logo isso ai pra comer!! — pediu impaciente.

— Fome deixa as pessoas irreconhecíveis!!!

— Não me teste, Alejandro!!!

Ele riu e por fim aproximou a comida dela que nem esperou um segundo mais para começar a comer e ele sentou a vendo comer com gosto, nem ela mesmo sabia que estava com tanta fome até saborear aquele delicioso prato, conversaram enquanto ela comia e logo as meninas vieram e se juntaram eles e por fim ela sorriu.

— O seu pai sabe que estou aqui? — perguntou.

— Eu deixei uma mensagem com a secretaria já que ele estava em reunião. — falou com calma. — Quando souber que está aqui pode apostar que ele vai vir correndo.

— Já espero estar na minha casa!! — falou querendo sumir dali e tomou mais um gole de seu suco. — Chamem o medico para que venha tirar isso do meu braço e me dar alta.

— Mãe, para com isso e espera um pouco!!! — Maria respirou fundo. — Passou mal por ficar sem comer e agora quer sair correndo do hospital? Seus exames nem ficaram prontos!!! — deu uma bronca nela.

— Está brigando comigo? — a encarou com cara feia.

— Estou sim!!! — a encarava da mesma forma. — Agora fique quieta e descanse que quando estiver de alta vamos te levar para casa!!!

Victória ficou de boca aberta com a audácia dela e nada mais falou apenas virou o rosto para o outro lado e ficou ali em silencio enquanto Alejandro olhou para Maria que sorria por dar aquela dura na mãe. Era a primeira vez que fazia daquele modo, mas ela precisava entender que a saúde dela era mais importante do que qualquer evento, elas tinham somente a mãe e não podiam perdê-la também por descuidos bobos. Ficaram ali em silencio por alguns minutos e logo o medico veio e ele pediu que eles os deixassem a sós e Victória respirou fundo querendo ir embora.

— Já posso ir pra casa?

Ele se aproximou mais dela e disse:

— Como a senhora bateu a cabeça na hora do desmaio fizemos alguns exames para nos certificar de que estava tudo bem.

No mesmo momento Victória sentiu todo seu corpo esfriar e disse já o interrompendo.

— O que isso quer dizer? Não enrole porque eu conheço bem essas caras que vocês costumam fazer quando as coisas não estão nada boas!! — tentou ser firme mais seu corpo todo tremia.

— Precisamos refazer os exames para comprovar, mas encontramos uma pequena massa em seu cérebro!!! — foi direto como ela pediu e Victória quase perdeu o ar naquele momento.

— Eu vou morrer? — foi a única coisa em que conseguiu pensar naquele momento enquanto o olhava...

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora