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Eu ouvi um amém? kkkkk Meninas, me perdoem pela demora, mas cada historia tem um tempo e eu precisava desse para voltar com tudo e levar essa historia até o tão esperado final feliz ou não né? 

Amoooo vocês e não desistam de mim, porque eu demoro mais trago o resultado como o esperado!!!

— As duas estão proibidas de saírem de casa a não ser para irem para a escola e faculdade!

— Mamãe... — elas falaram juntas.

— Não me importa que você seja maior de idade e possa fazer o que quer! — olhou para Maria. — Ainda vive debaixo do meu teto e vai aprender que eu não te eduquei para isso e muito menos sua irmã! — olhou para Fernanda. — A minha vontade é de te socar, mas o meu silencio é o seu castigo! — e sem mais saiu dali as deixando de lágrimas nos olhos.

Maria olhou a irmã que deixava as lágrimas banhar seu rosto e se aproximou dando seu apoio mesmo sabendo que o castigo era mais que merecido para o que ela tinha aprontado, mas sabia que também estava ferrada pelo modo como a mãe estava brava com tudo que se passava. Victória entrou em seu quarto e ali ficou por alguns minutos até sair pronta as encontrando no andar debaixo prontas para ir a escola, ela as olhou de cima a baixo e disse:

— Eu espero que cumpram o que eu mandei ou vocês vão conhecer um lado meu que não estão preparadas! — ajeitou a bolsa no braço.

— Mamãe, Alejandro está com a mãe no hospital e eu não quero deixá-lo sozinho! — argumentou.

— Pensasse nisso antes de deixar o telefone desligado! — caminhou para a porta. — Fernanda, o motorista vai te levar e te buscar durante o tempo que eu quiser!

— É uma prisão agora? — bufou.

Ela as olhou.

— Eu posso piorar, Fernanda! — voltou a se aproximar dela. — Quer que eu te de a surra que nunca tomou na vida? Quer que eu te mostre quem é que manda aqui de um modo que você vai me odiar?

Maria entrou no meio delas.

— Ela vai cumprir mamãe! — tocou o braço dela. — A gente vai cumpri!

— Ótimo! — e sem mais ela saiu porta a fora para ir ao trabalho.

Fernanda pegou a bolsa com ódio e olhou para Maria.

— Agora vamos conhecer a verdadeira Sandoval! — caminhou para sair dali.

— Não contribuímos para que fosse diferente e a gente sabe disso! — suspirou. — Ela só está magoada e logo passa!

— Não arrumamos um namorado pra que ela ficasse pior! — entrou no carro. — Victoriano também não colabora!

— Nós todos temos culpa e é melhor que deixemos as coisas se acalmar e ela ficar mais calma! — segurou a mão dela. — Vamos pensar em nosso irmão que está sofrendo junto com ela e não é bom!

— Só por ele! — cruzou os braços tirando a mão da dela.

— Fernanda, você deveria agradecer de joelhos por ela não ter quebrado a sua cara e olha que esse não foi somente o desejo dela!

— Era o que eu merecia depois de ontem e ainda tenho que ir pra escola cheia de dor e querendo vomitar! — suspirou. — Eu só queria um soco no estômago, mas não aquele olhar da Sandoval!

— Só vamos obedecer e deixá-la calma!

Fernanda suspirou e nada mais disse para a irmã e até seu destino nenhuma palavra foi trocada.

(...)

NO HOSPITAL...

Inês estava preste a despertar e como os meninos estavam um tanto desesperados com aquele diagnostico dela, Victoriano depois de sua reunião foi diretamente para o hospital e ali estava os três no quarto a espera que o efeito dos medicamentos passasse e ela abrisse os olhos. Victoriano estava apreensivo com o que viria dali em diante e sabia que precisava dar apoio aos filhos, mas Victória também precisava dele e não estava aceitando muito bem toda aquela aproximação e ele temia que ela o afastasse em definitivo, ele não queria ficar longe daquele bebê que nem tinha chegado ainda mais já era o seu maior presente.

Os minutos se fez agonizantes até que ela começou a dar indícios de que estava acordando os dois ficaram um de cada lado dela segurando sua mão para que ela os visse primeiro e não se assustasse. Inês respirou profundamente abrindo os olhos com um pouco de dificuldade e assim que firmou o olhar, ela passou os olhos de um ao outro e ainda pode ver Victoriano no canto da parede.

— Mamãe, como está se sentindo? — Alejandro tomou a atenção dela.

— Quebrada! — falou com a voz baixa mais cheia de graça os fazendo rir por um momento. — O que aconteceu comigo? — respirou profundamente.

— Do que lembra? — Emiliano falou beijando a mão dela.

— Que um caminhão se atravessou na estrada levando muitos carros e tudo ficou preto em seguida! — tentou se mover.

— Não se mova assim! — Alejandro a segurou.

Inês sentiu um peso que não era comum e os olhou de imediato arregalaram com o que se passou em sua cabeça e ela apertou a mão de seus filhos.

— Minhas pernas... — falou um fio de voz.

Victoriano no mesmo momento se aproximou da cama a olhando sabendo que tudo ali iria ficar muito pior.

— Inês, você passou por uma cirurgia no quadril e vai precisar de alguns meses de recuperação até que consiga andar novamente! — ele falou com calma mesmo sabendo que não se poderia ter calma com um diagnostico como aquele.

— Você só pode estar de brincadeira comigo! — gritou com o peito subindo e descendo rapidamente.

A maquina apitou mostrando a eles o quanto ela estava alterada e eles se preocuparam já que ela não podia se mover ou seu quadro poderia piorar muito e ela ter sequelas que não precisava ter, mas como ela poderia não se mover quando recebia a noticia que não andaria durantes meses? Era o fim de uma mulher que sempre correu por todos os lados e agora estaria condenada a uma cadeira? Inês naquele momento não via nada positivo apenas as coisas negativas das palavras de Victoriano e um ódio incomum cresceu dentro dela.

— Por favor, mamãe fique calma!

— Inês, se você se mover pode agravar seu estado e não é isso que quer! — Victoriano se aproximou mais.

— Maldito! A culpa é sua! — gritou com ele. — A culpa é sua por eu ficar invalida! Sua e daquela maldita mulher, tomara que aquela criança não vingue! — vociferou sem se dar conta no peso de suas palavras.

Victoriano arregalou os olhos no mesmo momento e se afastou da cama com o coração acelerado, como ela poderia vociferar tanto ódio num momento como aquele? Ele negou com a cabeça e sem conseguir dizer se quer uma palavra ele saiu do quarto no momento em que o medico entrava e ela gritava chorando muito o quanto o odiava. O medico não conseguindo fazer com que ela se acalmasse aplicou um leve calmante e ela começou a pegar no sono e os dois meninos se olharam sabendo que vinham tempos bem difíceis para todos.

FEITO NO CAMPO - VyVOnde histórias criam vida. Descubra agora